Arthur, do Fluminense, foi acusado de racismo com um gandula durante jogo contra o Madureira, no Carioca sub-20Divulgação / Fluminense FC
Publicado 17/09/2024 12:30
Rio - Arthur pode deixar o Fluminense. O meia, de 19 anos, recebeu proposta do Wydad Casablanca, do Marrocos, segundo informações do "ge". O clube marroquino ofereceu cerca de US$ 1,5 milhão de dólares (aproximadamente R$ 8,2 milhões na cotação atual) por 50% dos direitos econômicos.
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O negócio não está fechado, mas há o desejo do clube e do jogador em concluir a operação. O Fluminense vê a proposta de forma positiva, já que manteria 50% dos direitos, enquanto o estafe do meia avalia como uma boa oportunidade por não estar tendo espaço no elenco profissional tricolor.
Após conquistar dois títulos consecutivos do Campeonato Marroquino, o Wydad Casablanca foi vice-campeão em 2023 e ficou em sexto lugar na última temporada. O clube busca contratação de jovens, como Pedrinho, que defendia o Corinthians. Arthur está dentro dos atributos desejados pelos marroquinos.
O Wydad Casablanca vai disputar o Mundial de Clubes de 2025. O clube marroquino conquistou a Liga dos Campeões da África na temporada 2021/22, interrompendo a dinastia do Al-Ahly, do Egito, que conquistou quatro das últimas cinco edições. Os egípcios perderam para o Fluminense na semifinal de 2023.

Acusação de racismo

Arthur foi acusado de racismo  durante o jogo de entre Fluminense e Madureira, no último sábado (14), em Conselheiro Galvão, pelas quarta de final do Campeonato Carioca sub-20. O jogador foi encaminhado para a 29ª DP, em Madureira, para prestar depoimento. A informação foi divulgada pelo jornalista Lucas Bayer e confirmada pelo O DIA.
Durante uma confusão na etapa final, Arthur teria chamado um gandula de "escravo". O volante Edilson, do Madureira, defendeu o funcionário e respondeu o camisa 10 tricolor, que teria dado a mesma resposta para o meio-campista rival. Em depoimento ainda no campo do estádio Conselheiro Galvão, Arthur negou as acusações e alegou que disse "tu é fraco".
O jogador e o gandula foram encaminhados para a 29ª DP, em Madureira, para prestar depoimento. Arthur foi liberado por falta de provas para ser preso em flagrante. Edilson também prestou depoimento como testemunha. O Fluminense se colocou à disposição das autoridades para "pleno esclarecimento dos fatos" e reforçou a luta contra todo tipo de preconceito.
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