Publicado 11/10/2024 18:42
Rio - O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, enxergou como correta a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva de não anular a partida do Tricolor com o São Paulo, disputada no dia 1º de setembro, pela 25ª rodada do Brasileirão. Segundo o mandatário do Flu, "o campeonato não ia acabar" se o pedido do time paulista fosse aceito.
Publicidade"Eu acho que existem casos e casos, vou dar como exemplo nosso este ano, Fluminense Vasco. A gente teve um lance claro que a bola bateu na mão do atacante do Vasco, claríssimo, a gente ficou muito chateado com esse equívoco da arbitragem, tomamos uma medida em relação à comissão de arbitragem, a comissão disciplinaria aqui com relação ao árbitro. Mas em nenhum momento tentamos anular o jogo contra o Vasco, porque sabíamos que erros de arbitragem não são motivos para se anular partidas de futebol, se assim fossem, centenas e milhares de campeonatos não teriam sido decididos no campo, isso é diferente de outros", disse Mário.
"Outros casos, tanto na história do futebol, como em 2005, por exemplo, que 11 jogos foram anulados porque havia comprovadamente uma manipulação de resultados através de um árbitro, ali sim, um caso clássico de erro de direito e relevante para alterar o resultado de partida, como outros casos que a gente tem de manipulação de resultado na história do futebol, aí sim, ou escalação regulares de atleta, ou inscrição errada de atleta, são pressupostos para a disputa do campeonato", completou o presidente tricolor.
"Diferente de um erro de arbitragem de campo, enfim, que nesse caso do Fluminense São Paulo, na minha modestíssima opinião, sequer ocorreu uma falta a favor do Fluminense, que é cobrada pelo Fluminense, que resulta num gol. Então não houve nenhuma vantagem ao Fluminense ou prejuízo ao São Paulo. Então essa decisão de 9 a 0 é muito boa, no sentido de que a gente não tenha novas medidas até o final do campeonato, nesse sentido, senão o campeonato não vai acabar", finalizou.
Entenda a polêmica
O São Paulo entrou com pedido para anular a partida contra o Fluminense pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. O clube paulista crê que o árbitro Paulo Cesar Zanovelli cometeu um erro de direito ao validar o gol de Kauã Elias, que abriu a vitória do Fluminense.
Na origem do lance, o árbitro deu vantagem para o Fluminense após falta de Calleri em Thiago Santos. Entretanto, Thiago Silva ajeitou a bola com a mão e cobrou falta. O árbitro foi ao VAR, mas validou o gol da equipe carioca. Na conversa com o árbitro de vídeo, Paulo Cesar Zanovelli foi questionado e disse que viu a falta de Calleri, mas que optou por dar vantagem.
"Para mim, disputa de espaço entre Calleri e Thiago Santos. Calleri segura o Thiago, eu dou vantagem da falta do Calleri. Era falta para o Fluminense", disse.
Na sequência, um dos auxiliares fala para o árbitro que Thiago Silva, por entender que tinha sido marcada a falta, coloca a mão na bola para reiniciar a partida. A partir disso, o VAR sugere que o árbitro veja o lance no vídeo. Enquanto assiste, Paulo Cesar Zanovelli reforça que viu a falta de Calleri. Quando Thiago Silva coloca a mão na bola, porém, ele se contradiz.
"Eu ia dar a vantagem, o jogador (Thiago Silva) para e bate a falta. Eu dou sinal de falta. Deixa rolar, eu falo agora. Vamos seguir. Eu dei a vantagem, eu segui. É gol legal, tá?", completou.
O árbitro Paulo Cesar Zanovelli foi suspenso por 15 dias pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas entrou com recurso e obteve efeito suspensivo nesta última quinta-feira (10). Com a decisão, Paulo Cesar Zanovelli foi liberado para continuar apitando em jogos no território nacional. Ele também comandou a partida entre Equador e Paraguai, pela nona rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
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