Krystsina Tsimanouskaya foi retirada e levada à força para o aeroporto de Tóquio após críticas à comissão técnica da equipe de atletismo de BelarusAFP
Publicado 06/08/2021 00:05 | Atualizado 06/08/2021 00:10
Tóquio - Após receber asilo humanitário na Polônia, Krystsina Tsimanouskaya acompanhou o desdobramento do abrupto afastamento da equipe de atletismo de Belarus. Comitê Olímpico Internacional (COI) retirou as credenciais de dois técnicos bielorrussos pela suposta ordem levar a velocista, de 24 anos, à força da Vila Olímpica para aeroporto de Tóquio por críticas ao trabalho dos profissionais
Em comunicado, o Comitê Olímpico de Belarus rebateu a acusação da atleta e alegou problemas na condição "emocional e psicológica" ao tomar a dura decisão. Após dias de silêncio, o COI se pronunciou de forma mais enérgica e pelas redes sociais infirmou que a adotou a medida visando ao interesse e bem-estar dos atletas de Belarus que ainda estão em Tóquio.

Forçada a deixar o Japão, Krystina Timanovskaya recebeu asilo na Polônia. Crítica do autoritário governo de Alexander Lukashenko, no poder em Belarus desde 1994, a atleta admitiu o medo de voltar para casa: "Deixaram claro que eu seria punida".
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Tsimanouskaya faz parte da lista de mais de duas mil personalidades do esporte bielorrusso que assinaram uma carta com o pedido de realização de novas eleições e a libertação de presos políticos no país.
Especialista na prova dos 200m rasos, a velocista disputaria a quinta bateria da fase classificatória na segunda-feira. O imbróglio que a encerrou o seu sonho olímpico teve início no sábado após uma publicação nas redes sociais. Ao tomar conhecimento de que havia sido escalada para a prova do revezamento 4x400m, Krystsina reclamou pelo fato de não ter sido consultada pela comissão técnica.
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"A comissão técnica me incluiu (no revezamento 4x400) sem o meu conhecimento. Eu falei sobre isso publicamente. Então o treinador veio a mim e disse que havia uma ordem superior para que eu fosse retirada (das Olimpíadas)", disse.
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