Investidores denunciam corretora do "ramo de bitcoins" por golpe em Cabo Frio
A corretora, cujo CNPJ teve início das atividades em março deste ano, ganhou destaque no mercado de criptomoedas na região ao prometer lucros mais altos do que outras do mesmo ramo
Diariamente, investidores lesados pela empresa formam uma fila quilométrica em uma galeria onde fica localizada a empresa, na Avenida Ézio Cardoso da Fonseca. - Letycia Rocha (RC24h)
Diariamente, investidores lesados pela empresa formam uma fila quilométrica em uma galeria onde fica localizada a empresa, na Avenida Ézio Cardoso da Fonseca. Letycia Rocha (RC24h)
Investidores denunciam corretora do “ramo de bitcoins” por golpe em Cabo Frio
Empresa do bairro Jardim Esperança tem cerca de 10 mil clientes e prometia juros de 30% ao mês; encerramento das atividades após descumprimento de contrato foi anunciada
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Investidores do mercado financeiro de Cabo Frio acusam uma empresa localizada no bairro Jardim Esperança, de aplicar golpes envolvendo bitcoins. A corretora financeira Black Warrior prometia lucros de 30% ao mês em cima do valor aportado.
Ao O Dia, diversas vítimas relataram que investiram altas quantias no negócio. “Tem pessoas que investiram tudo o que tinham. Venderam casa, carro, estão com o aluguel atrasado”, relatou um dos investidores lesados.
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A corretora, cujo CNPJ teve início das atividades em março deste ano, ganhou destaque no mercado de criptomoedas na região ao prometer lucros mais altos do que outras do mesmo ramo – enquanto a maioria oferece 10% ao mês, a Black Warrior assegurava volta de 30% do valor investido – mas não garantiu o previsto no contrato.
Com a promessa quebrada em pouco mais de três meses de operações, a BW disse que o lucro dos investidores cairia para 15%, mas “ainda assim não honrou com o prometido novamente e não está pagando. Com inúmeras desculpas”, conta uma das vítimas da corretora.
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Diariamente, investidores lesados pela empresa formam uma fila quilométrica em uma galeria onde fica localizada a empresa, na Avenida Ézio Cardoso da Fonseca. Investidores que caíram no golpe chegaram a criar um grupo no WhatsApp, como forma de manter contato e tentar receber algum posicionamento da BW.
“As pessoas estão indo à empresa por volta das 5h, ficam na fila, tentam receber pelo menos o dinheiro investido de volta. Tudo foi firmado em contrato autenticado em cartório, mas nada do que foi prometido é cumprido”, lamenta uma das vítimas.
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No início desse mês, um grupo de investidores protestou na sede do negócio. Uma das vítimas chegou a se exaltar e, com um pedaço de madeira em mãos, a mulher gritava que queria o dinheiro de volta.
Segundo o comunicado, a BW chega ao fim devido a “casos de força maior que afetaram o mercado e também devido a um atentado à vida de um dos sócios, pelo atraso de cinco dias nos pagamentos”. Em junho, um dos empresários da Black Warrior sofreu uma tentativa de homicídio na manhã do dia 10. O carro que pertencia à vítima foi alvejado quando saía de um condomínio. O trader não estava no veículo no momento, que era dirigido pelo motorista. O carro era blindado e o homem não sofreu ferimentos.
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PROMESSA DE DEVOLUÇÃO DOS INVESTIMENTOS
A Black Warrior começou a informar aos investidores, por meio de consultores, nesta segunda-feira (19), que vai realizar o estorno do capital investido de todos os clientes.
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Conforme a corretora, a devolução dos valores será feita de forma gradual. Clientes que investiram o valor em junho, que não receberam nenhuma rentabilidade, terão prioridade no estorno e recebem primeiro.
Em seguida, serão devolvidos os valores dos investidores de maio, que receberam uma rentabilidade; seguidos dos de abril e março, com duas e três rentabilidades consecutivamente.
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“Clientes que quiserem um acordo terão uma agilidade, pois terá uma planilha de acordo também”, afirma um consultor da empresa, identificado como Thiago.
A reportagem do O Dia entrou em contato com as polícias Federal e Civil, mas não recebeu nenhum retorno até o fechamento desta matéria.
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