Publicado 23/07/2024 13:11
Rio - Raquel Kochhann foi escolhida para ser, ao lado do canoísta Isaquias Queiroz, a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris, na próxima sexta-feira (26). Jogadora da seleção feminina de rúgbi, Yara, como é conhecida, se tornou um símbolo de força e superação fora dos campos no último ciclo olímpico.
PublicidadePouco antes de competir em Tóquio-2020, a catarinense de 31 anos descobriu um nódulo no seio. Inicialmente inofensivo, o nódulo foi tratado um ano depois, quando Yara faria uma cirurgia no joelho, e apresentou células cancerígenas e uma predisposição ao câncer de mama. A primeira recomendação dos médicos foi a retirada.
A partir daí, Raquel decidiu fazer uma mastectomia bilateral e iniciou tratamento oncológico. Após realizar novos exames, recebeu o diagnóstico de que estava com câncer no osso esterno, localizado no tórax, que possuía o mesmo tipo de célula encontrado no nódulo da mama.
Em março de 2023, Raquel iniciou seu trabalho de quimioterapia e da radioterapia, ficando afastada dos treinos mais pesados e competições, mas sem nunca ter se afastado do CT da Seleção. A volta à rotina aconteceu em agosto, sem nenhuma sequela dos tratamentos.
A partir de outubro, começou a treinar com a Seleção utilizando uma proteção para o esterno. Ainda em 2023, fez seu primeiro jogo após vencer o câncer, com toda equipe médica na arquibancada, sem nenhum contratempo.
No início de 2024, Kochhann participou do Circuito Mundial com a seleção brasileira de rúgbi em Perth, na Austrália. Aos poucos, ela reconquistou sua vaga no time e se tornou um exemplo para todas as atletas e comissão técnica.
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