Rio Sena receberá abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, no dia 26 de julhoAFP

França - Nesta segunda-feira, 22, o Comitê Olímpico Brasileiro anunciou que Isaquias Queiroz, da canoagem de velocidade, e Raquel Kochhann, do rugby, serão os porta-bandeiras do Brasil na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. A cerimônia acontecerá já nesta sexta, 26, no Rio Sena.
"Tanto Isaquias quanto Raquel representam os valores olímpicos e são expoentes de excelência e respeito. São inspiração para os atletas brasileiros, e estamos todos muito satisfeitos em vê-los carregar a bandeira nacional ao longo do Rio Sena", afirmou o Presidente do COB, Paulo Wanderley, ao site da confederação.
Raquel Kochhann, do rugby - Reprodução/X @timebrasil
Raquel Kochhann, do rugbyReprodução/X @timebrasil
Com as escolhas, o COB deu destaque para dois atletas que são sobreviventes. Pouco antes de Tóquio 2020, Raquel descobriu um caroço, que mais tarde se revelaria um câncer de mama. Ela precisou passar por mastectomia, quimio e radioterapia. Recuperada, ela vai para sua terceira Olimpíada.
"No Brasil, a gente trabalha muito para que o rugby cresça e ganhe seu espaço. A gente sabe que a realidade do nosso esporte não é ter uma medalha de ouro numa Olimpíada por enquanto, apesar de termos esse sonho. Mas sempre vi que quem carrega essa bandeira tem uma história incrível, com medalhas de ouro, e representa uma grande conquista. Muito obrigada de verdade por essa honra. Vou dormir com essa bandeira do meu lado", disse Raquel.
Isaquias Queiroz conquistou o ouro na canoagem de velocidade nos Jogos de Tóquio - AFP
Isaquias Queiroz conquistou o ouro na canoagem de velocidade nos Jogos de TóquioAFP
Já Isaquias chegou a ficar um mês no hospital após uma panela de chá quente cair sobre seu corpo quando tinha apenas três anos. Com dez, foi internado depois de cair sobre uma pedra. Por causa do acidente, perdeu um rim.
Ao longo da carreira, ele conquistou as seguintes medalhas olímpicas: um ouro em Tóquio 2020 (C1 1000m); duas pratas na Rio 2016 (C1 1000m e C2 1000); e um bronze na Rio 2016 (C1 200m).
"Fico muito feliz de poder representar minha Bahia, meu Nordeste, o Brasil inteiro. Vai ser uma cerimônia incrível. Principalmente por poder representar minha modalidade, ainda tímida no Brasil. Botar nossas garrinhas para fora. Com certeza, depois de Paris, o pessoal vai ter mais conhecimento sobre essa grande modalidade. É uma experiência incrível poder representar o seu país. Eu tive a oportunidade no Rio de fazer o fechamento. Mas agora, ser o porta-bandeira na abertura, vai ser uma coisa muita especial", disse Isaquias.