Zé Roberto Guimarães, técnico da Seleção feminina de vôleiNatalia Kolesnikova/AFP
Publicado 10/08/2024 14:53 | Atualizado 10/08/2024 15:10
França - O Brasil lutou, confirmou seu favoritismo e ficou com a medalha de bronze no vôlei feminino ao vencer a Turquia por 3 sets a 1 com parciais de 25/21, 27/25, 22/25 e 25/15. Ao fim da partida, uma cena marcante: toda a emoção do técnico Zé Roberto Guimarães que chegou ao quinto pódio olímpico comandando uma nova geração que vem mostrando toda sua força.
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Foi um ciclo de reconstrução, mas com todas as características de Zé: inteligência, valorização do trabalho e muita força mental. A Seleção feminina de vôlei, que caiu na semifinal para os Estados Unidos em um grande jogo de 3 sets a 2, mantém a escrita de trazer medalhas desde os Jogos de Seul, em 1988, na modalidade de quadra.
"Minha quinta medalha. Três ouros, prata e bronze. Esse é o significado da Olimpíada, alguém perde, alguém ganha. Persistimos do início ao fim. Hoje estava muito preocupado. A gente tem que valorizar muito essa medalha. Ser medalhista é história. A gente queria o ouro, treinou pra isso, mas os outros também. Deixo para papai do céu. Se ele achou que era o bronze que merecia, que a gente tinha que trabalhar mais, tem que trabalhar mais", iniciou o técnico, em entrevista à Globo.
Após a derrota na semifinal, ficou escancarado o abatimento por parte das jogadoras do Brasil. Apesar de jovem, o grupo chegou aos Jogos de Paris na prateleira de favoritas. Mesmo com o tempo curto para recuperação e virada de chave, a imposição em quadra foi de quem sabia da importância do pódio.
"Foi importante a atitude, ter representado o povo da forma que representamos. Todo mundo viu que caímos de pé e o povo reconhece. Isso que a gente quer o tempo inteiro, representar a bandeira, a nossa gente. Elas fizeram isso. Fico feliz. Elas se doaram o tempo inteiro", destacou.
Tem sido levantada a hipótese de um fim de trajetória de Zé à frente do time feminino. O treinador, no entanto, optou por não projetar o futuro e citar os próximos passos junto à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) pensando no próximo ciclo olímpico para Los Angeles 2028.
"O que a gente combinou é de conversar ainda com a Confederação, com o Radamés (presidente), com o Jorge (diretor técnico), pra gente fazer um retrospecto de tudo aquilo que aconteceu, de como foi o ciclo. Eu acho que a gente preparou bem, sabe? Os profissionais que foram para a Turquia, para a Itália, cuidando das jogadoras, todas chegaram numa melhor condição. Foi uma preparação muito legal, muito bem feita. E agora, o futuro, eu não sei. Sinceramente. Eu não me preparei ainda pra esse momento. A gente tem que deixar curtir agora, comemorar, e depois conversar para a gente definir. Eu tenho a família, tem um monte de coisa que a gente tem que pensar também. Mas vamos ver. O Papai do Céu vai mostrar o caminho", finalizou.
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