Publicado 11/08/2024 10:44
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) fez um balanço positivo da participação da delegação brasileira na Olimpíada de Paris. Mesmo sem superar o recorde de 21 medalhas e com menos ouros do que em Tóquio-2020, a percepção é de que houve evolução com os 20 pódios (três ouros, sete pratas e 10 bronzes).
PublicidadePela análise do COB, a conquista de mais ouros ou até mesmo de pódios não aconteceu por detalhes. É por isso que o desempenho foi considerado satisfatório mesmo sem o objetivo alcançado de superar a última edição.
"Recordes são metas, mas com certeza tivemos um resultado brilhante. São pequenos detalhes que fazem a diferença entre uma medalha de ouro, de prata, de bronze, um quarto, um quinto lugar. Então entendemos, sim, que foi um resultado muito bom. Atingimos grandes objetivos, principalmente por termos uma nação muito orgulhosa de todos os resultados conquistados por nossos atletas", avaliou o diretor de esportes de alto rendimento do COB, Ney Wilson.
Pelo levantamento realizado pela entidade, o Brasil bateu na trave em 11 competições, com atletas ou equipes em quarto ou quinto lugar. O número foi menor do que em Tóquio, quando foram 13.
Ainda assim, o diretor-geral do COB, Rogério Sampaio, campeão olímpico no judô, vê motivo para confiança no próximo ciclo olímpico para Los Angeles-2028.
"Tivemos uma queda no número de ouros. Isso é inegável, às vezes pequenos detalhes fazem a diferença, alguns inclusive que não estão no nosso controle, vamos lembrar do mar no Taiti (falta de ondas na semifinal de Gabriel Medina). Nós chegamos muito próximos de muitas medalhas. Isso me dá a confiança de que em 2028 podemos ter uma apresentação tão grandiosa quanto essa", disse.
Sobre o desempenho recorde das mulheres, que conquistaram pela primeira vez os únicos ouros do Time Brasil, e contribuíram com 12 medalhas e mais uma no time misto do judô, o COB vê como resultado do investimento feito.
"Há dois ciclos olímpicos, após ser identificada uma oportunidade de crescimento do esporte feminino, o COB começou a investir especificamente nas mulheres. Não só atletas, mas também para tentar aumentar o número de treinadoras e gestoras. O que vimos em Paris também reflete o que está acontecendo na sociedade: a mulher cada vez mais se fortalecendo" afirmou a gerente de planejamento e desempenho esportivo do COB, Mariana Mello.
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