Publicado 26/03/2021 12:44
Um dos maiores goleiros da história do futebol brasileiro, Barbosa completaria 100 anos neste sábado (27). Para celebrar a data, o Vasco, clube onde o ex-jogador foi ídolo no histórico time do "Expresso da Vitória", preparou uma série de ações. Uma delas é um mosaico com "Barbosa 100" na arquibancada de São Januário.
O Cruzmaltino tem homenageado o ídolo desde quinta-feira, com postagens nas redes sociais. O clube também prepara lançamento de produtos relacionados a Barbosa, com parte dos royalties das vendas destinados à família do ex-goleiro. O CT do Almirante também deve ser rebatizado com o nome de Barbosa.
As homenagens também acontecem fora de São Januário. O Museu do Futebol, em São Paulo, fará uma exposição sobre o goleiro, no segundo semestre.
Ídolo vascaíno e 'vilão' nacional
Um dos principais jogadores do "Expresso da Vitória", Moacyr Barbosa Nascimento jogou pelo Vasco de 1945 a 1955, e depois de 1958 a 1962, encerrando a carreira em 1962 pelo Campo Grande, aos 42 anos. Com o histórico time vascaíno, conquistou o Sul-Americano de 1948, seis Cariocas (1945, 1947, 1949, 1950, 1952 e 1958) e o Rio-São Paulo de 1958, além de outros torneios menores.
Ídolo vascaíno e elogiado por muitos de sua época, Barbosa ficou marcado pela final da Copa do Mundo de 1950, principalmente pelo gol sofrido de Ghiggia, que deu o título ao Uruguai na vitória por 2 a 1 em pleno Maracanã. O trauma para os brasileiros juntou-se ao racismo e o goleiro por décadas tornou-se um vilão do vice-campeonato mundial, considerado o maior trauma do futebol brasileiro... até o 7 a 1 para a Alemanha.
Depois de Barbosa, um goleiro negro só voltou a ser titular da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo em 2006, com Dida. "No Brasil, a pena máxima (de prisão) é de 30 anos, mas pago há 40 por um crime que não cometi", declarou Barbosa algumas vezes ao longo da vida.
Barbosa morreu em 2000, aos 79 anos.
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