Publicado 15/05/2024 18:37 | Atualizado 15/05/2024 18:47
A diretoria do Vasco entrou com uma ação cautelar na Justiça contra a 777 Partners, dona de 70% da SAF vascaína. O movimento do clube associativo visa a evitar uma futura penhora das ações que pertencem ao grupo americano, que responde a processo por fraude nos Estados Unidos e corre o risco de falência.
Desde que assumiu a presidência do Vasco, Pedrinho vem entrando em rota de colisão com a 777 Partners, mas o movimento na Justiça não é para reaver as ações da SAF e sim se precaver, diante da preocupação com as recentes notícias sobre a 777.
PublicidadeDesde que assumiu a presidência do Vasco, Pedrinho vem entrando em rota de colisão com a 777 Partners, mas o movimento na Justiça não é para reaver as ações da SAF e sim se precaver, diante da preocupação com as recentes notícias sobre a 777.
Além disso, pede o afastamento de Josh Wander e Steve Pasko do Conselho Administrativo da SAF vascaína, devido a notícias de que eles foram afastados do conselho de futebol do grupo americano, que não estaria mais no controle da holding. Josh é o presidente do conselho formado por cinco representantes da 777, além de dois do Vasco.
Com a ação que está em segredo de Justiça na 4ª Vara Empresarial do Tribunal do Rio (TJ-RJ), divulgada inicialmente pelo 'ge', a diretoria do clube quer garantias do grupo americano sobre a saúde financeira da SAF. Principalmente porque já há informação nos corredores de São Januário de que os americanos estariam dispostos a repassar suas ações através de uma venda a interessados, para arrecadar dinheiro.
Uma das preocupações é que os compromissos financeiros nos próximos meses não sejam cumpridos. Inclusive, há um aporte de R$ 270 milhões previsto para setembro deste ano. Em abril, Pedrinho notificou a 777 para pedir garantias desse pagamento, mas não obteve resposta.
Vasco e SAF em lados opostos
A má relação entre a atual diretoria do clube com a dona da SAF vem se deteriorando ao longo dos últimos meses, principalmente por causa do desempenho do time, da falta de espaço de Pedrinho no futebol e também pelas notícias recentes.
Segundo reportagem da "Bloomberg", a empresa fez um empréstimo de 350 milhões de dólares (cerca de R$ 1,7 bilhão), mas apresentou como garantia supostos fundos que não lhe pertencem ou sequer existem.
Além disso, a imprensa belga vem noticiando problemas financeiros do Standard Liège, outro clube do grupo. Inclusive, há um movimento do ex-dono e de sócios para cobrar na Justiça o não pagamento de uma parcela da venda. Recentemente, uma partida do clube belga foi adiada por protestos de torcedores que pedem a saída da 777.
E o jornal inglês 'Financial Times' informou que o grupo contratou uma empresa especializada em gerenciamento de crise e falências.
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