Dia Mundial da Internet: acesso a essa tecnologia precisa ser democratizado em Guapimirim

Guapimirim – O Dia Mundial da Internet é celebrado nesta quarta-feira (17/5). A data é uma importante oportunidade para analisar dados sobre o acesso a essa tecnologia em Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Em março de 2023, por exemplo, para cada 100 habitantes, 17 tinham acesso à banda larga fixa, de acordo com informações analisadas pelo DIA no site da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A densidade populacional de acesso à banda larga em Guapimirim é menor do que as médias do estado do Rio de Janeiro, que é de 22 para cada 100 habitantes, e do Brasil, que é de 21,4 para cada 100 habitantes.

Em março deste ano, Guapimirim registrou 10.593 acessos (clientes) à banda larga fixa, sendo 10.001 de fibra ótica, 507 por cabo metálico e 85 por outros tipos de tecnologia.

Os dados levaram em conta o universo de 15.741 domicílios e 51.402 habitantes. Vale destacar que a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de 62.225 habitantes nesse município.

Ao menos 16 empresas prestaram serviço de banda larga em Guapimirim no período mencionado, entre elas: Sumicity, com 8.784 acessos (clientes) e 82,9% de fatia de mercado; Mega Flash, com 1.079 acessos e 10,2% de mercado; Kelvyn Sat Comércio e Telecomunicações Ltda., com 400 acessos e 3,8% de fatia de mercado; e Oi, com 228 acessos e 2,2% de mercado. Juntos, outros 12 provedores têm 102 acessos e apenas 1% de fatia de mercado.

A telefonia móvel tem substituído cada vez mais a telefonia fixa e se tornado uma opção mais viável para muitos brasileiros, e isso inclui os guapimirienses. A tecnologia 5G ainda não chegou em Guapimirim.

Em março deste ano, das 51.749 linhas móveis registradas no município, 45.819 tinham acesso à rede 4G, enquanto que 3.529 à rede 3G e outros 2.401 à rede 2G. Os dados se referem às três operadoras – Claro, Vivo e Tim – e não levam em consideração se uma pessoa possui mais de uma linha ou não.

A Claro tinha 21.520 acessos (clientes) e cobria 87,48% do território guapimiriense e 98,87% dos domicílios.

Já a Vivo tinha 16.885 acessos e cobria 24,91% da área de cobertura e 59,92% dos domicílios.

E a Tim tinha 13.241 acessos e cobria 20,09% da área de cobertura e 78,89% dos domicílios.

Todas as 37 escolas em Guapimirim – 34 da rede municipal e três da rede estadual – têm acesso à internet.

Desse total de escolas, 35 estão em área urbana e as duas restantes, na zona rural.

Das 37 unidades escolares, 28 não possuem laboratório de informática. Isso equivale a 75,7% das escolas nessa cidade.

Os dados apresentados nesta reportagem sugerem a necessidade de democratização do acesso à rede mundial de computadores em Guapimirim. Prova disso é que a densidade populacional nessa cidade é menor do que as médias estadual e nacional.

Outro dado relevante para justificar a democratização do acesso à internet é o fato de que 10.280 famílias guapimirienses foram beneficiadas pelo programa Bolsa Família neste mês de maio, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Vários fatores podem explicar as dificuldades de se avançar no acesso a essa ferramenta, entre elas: preço ao consumidor, dificuldades geográficas e limitações impostas contra os provedores de serviço por parte do crime organizado.

Em junho do ano passado, por exemplo, bandidos proibiram a Leste Telecom de operar em bairros de Guapimirim e de Magé. Os moradores eram induzidos a contratar os serviços oferecidos ou de empresas aliadas a eles.