Familiares e amigos de Urias Fernandes fazem manifestação em frente ao Fórum de Guapimirim para pedir justiça pela morte deleFoto: Divulgação
Publicado 22/08/2023 18:46
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Guapimirim – A primeira audiência sobre o atropelamento que vitimou o ex-subsecretário de Agricultura, Pecuária e Pesca de Guapimirim Urias da Silva Fernandes, de 56 anos, está acontecendo desde o meado da tarde desta terça-feira (22), nove meses após o óbito. A sessão judicial ocorreu no Fórum de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Durante a audiência, do lado de fora da corte, familiares e amigos de Urias Fernandes fizeram uma manifestação, com cartazes, pedindo justiça. O DIA esteve no local e conversou com Márcia Maurat, cunhada do falecido.
“Nós queremos reivindicar justiça, porque a moça que atropelou o Urias está andando por aí como se nada tivesse acontecido. Ela está tendo regalias, enquanto ele se foi. Por isso, estamos aqui hoje, reivindicando que a justiça seja feita”, explicou Márcia Maurat.
Relembre o caso
Urias Fernandes pilotava uma motocicleta na Avenida Dedo de Deus, principal via de Guapimirim, quando foi atropelado por um veículo que estava na contramão na altura do bairro Paiol, na noite do último dia 12 de novembro. Ele foi socorrido e levado para o então Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, tendo falecido 10 dias após, em 22 de novembro.
Com o impacto da colisão, Urias Fernandes foi lançado a vários metros de altura antes de cair no chão. Ele foi diagnosticado com traumatismo craniano na época.
A motorista que atropelou o ex-subsecretário foi identificada como Zilanda Genaio Costa, servidora comissionada na Prefeitura de Magé, na Baixada Fluminense. Ela também já ocupou cargo comissionado na Prefeitura de Guapimirim.
A tragédia causou indignação aos amigos e testemunhas. Segundo relatos ouvidos pela família do falecido, a autora do homicídio teria, supostamente, tentando fugir do flagrante.
Em janeiro deste ano, O DIA entrevistou Maris Maurat, viúva de Urias, que contou como foi o socorro e a condução inicial do ocorrido ante a 67ª DP (Guapimirim). De acordo com a esposa da vítima, a motorista teria mentido para o delegado durante o depoimento, ao dizer que era o motociclista quem estaria na mão errada na pista. Somente depois que o delegado confrontou Zilanda Costa com imagens obtidas de um supermercado próximo, que ela mudou a versão.
A condutora não foi submetida a teste do bafômetro no dia do acidente para saber se estaria alcoolizada ou não. O caso é investigado pela 67ª DP (Guapimirim), contudo, devido a divergência de informações prestadas pela condutora, o assunto foi levado para a 60ª DP (Campos Elísios), em Duque de Caxias, onde funciona a Central de Flagrantes da Polícia Civil fluminense, para que fossem colhidos depoimentos. Depois retornou para a delegacia de origem.
Urias Fernandes era advogado, funcionário da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e estava emprestado para a 149ª Zona Eleitoral (Guapimirim). Em janeiro passado, teria completado 30 anos de casado, se estivesse vivo.
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