Elizângela do Amaral VergueiroFoto: Redes Sociais - Divulgação
Publicado 06/11/2023 11:45
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Guapimirim – A morte repentina da atriz Elizângela, uma das moradoras mais ilustres de Guapimirim, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, causou tristeza entre familiares, amigos, colegas de trabalho, fãs e também na população desse município que a via como uma pessoa muito simpática. Logo após o óbito, foi divulgado um vídeo que ficará para a posteridade. A artista contou ao portal Visite Guapi como e por que decidiu sair do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, e morar em território guapimiriense.
“Queria dizer que eu adoro essa cidade (Guapimirim). Foi uma escolha de vida”, disse em entrevista gravada em 2021 e disponível nas redes sociais do mencionado site turístico.
Em 2014, durante as gravações da novela Império, da TV Globo, Elizângela procurava uma casa para alugar, pois pretendia passar o carnaval de 2015, férias e a Semana Santa. Mas nunca poderia ser um lugar muito longe, por conta da produção televisiva. A ideia do local foi de uma sobrinha. A artista gostou da sugestão, pois já teve um sítio no bairro Vale das Pedrinhas, no segundo distrito de Guapimirim, há mais de 40 anos. Na mesma época, ela procurava uma nova moradia, pois não queria mais viver em apartamento, mas numa casa.
“Eu estava procurando casa para comprar lá embaixo no Rio. Eu queria sair de apartamento e queria comprar casa. Não estava achando nada que me agradasse. Tudo absurdamente caro! O preço não valia. Eu queria ficar ali, Recreio dos Bandeirantes. Então, um dia eu aqui nessa casa que aluguei [em Guapimirim], fiquei na sala assistindo televisão, e aquele silêncio... Sabe aquele barulho do silêncio? Porque tem o barulho do silêncio. Só ouvia grilo, essas coisas assim. Ai, meu Deus, que coisa boa, que delícia! Poxa vida, morar num lugar assim. Era gostoso morar no Recreio, mas foi mudando, foram mexendo no bairro. Falei ‘:poxa vida, era tão bom aquilo lá. Queria um lugar assim para morar’. Aí, eu falei: ‘caraca, é tão perto do Rio, por que eu não procuro aqui? De repente eu encontro, né?! (...)”, explicou.
Além do silêncio e do som da natureza, o fator honestidade foi determinante para que a artista se apaixonasse de vez por Guapimirim. Em dada ocasião, ela fez compras num supermercado. Ao chegar em casa, percebeu que faltava uma sacola. Não quis voltar para buscar, porque achou que não a encontraria mais. Após um tempo, ao retornar ao comércio, uma funcionária a chamou para lembrá-la de que ela tinha esquecido umas compras, o que deixou Elizângela impressionada. A trabalhadora do estabelecimento mostrou um caderno com anotações de tudo o que havia na referida sacola e a autorizou a pegar as mercadorias.
“É aqui que tenho de morar, porque isso jamais aconteceria no Rio de Janeiro”, continuou a atriz.
Elizângela faleceu na última sexta-feira (3) após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias. Ela chegou a ser socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu. O velório aconteceu no sábado (4) e foi aberto ao público.
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