Conselho da Firjan Noroeste Fluminense, empresários e autoridades do setor energético discutiram soluções para o problema no fornecimento na Região. Foto: divulgação/Firjan
Por Lili Bustilho
Publicado 10/06/2021 16:45 | Atualizado 11/06/2021 17:00
A escassez de oferta e o aumento das oscilações da energia fornecida no Noroeste Fluminense foi tema de uma reunião nesta terça-feira (08/06) do Conselho da Firjan regional onde empresários e autoridades do setor energético discutiram soluções para esse antigo problema. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia, expôs o plano de expansão da rede, cuja obra de conclusão está prevista para 2024. Mas empresários do Grupo de Energia da Firjan Noroeste reclamaram ainda das oscilações na rede, e a concessionária Enel, também presente ao encontro, prometeu formar um grupo de análise para solucionar o problema. “Esta é uma questão histórica que se arrasta há quase uma década, mas nós, da Firjan, não desistimos de buscar melhorias. Já temos, por exemplo, o início das obras que vão remediar o problema, mas é preciso avançar em questões mais urgentes, que exigem uma solução imediata”, disse o presidente da Firjan Noroeste Fluminense, José Magno Vargas Hoffmann.
O estudo da EPE prevê investimentos de R$ 98 milhões da Enel até 2035, com foco na distribuição de energia e aumento do fornecimento na região. Os principais investimentos serão reforços nas linhas de transmissão interligando as subestações de Leopoldina, na divisa com Minas Gerais, a Santo Antônio de Pádua. O consultor técnico da EPE, Maxuell Cury, destacou que a expansão vai permitir atrair novas indústrias num horizonte de longo prazo, e reconheceu os problemas da região. “Somos um braço técnico do Ministério de Minas e Energia, e nosso estudo reconhece essa necessidade de reforço. A gente postou a solução e agora é perseguir a execução, pois o estudo permite a expansão da rede e aumento da oferta num cenário até 2035”, destacou Maxuell.
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O coordenador do Grupo de Energia da Firjan Noroeste, Rafael Mangaravite, porém, destacou uma série de problemas que exigiriam uma intervenção mais imediata. Segundo ele, já houve casos de empresas que deixaram de abrir as portas, ou que mudaram de setor, devido à escassez da oferta de energia. E voltou a criticar a oscilação na rede. 
Tatiana Lauria, especialista de Estudos Econômicos da área de Infraestrutura da Firjan, destacou que as quedas de energia, ainda que por pouco tempo e previstas no contrato de regulação da concessionária, prejudicam o funcionamento adequado das indústrias. “Vamos conversar com as indústrias e reunir essas informações, a fim de tentarmos reduzir as oscilações para termos uma solução a curto prazo” disse Tatiana.
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