Publicado 20/05/2021 16:32
O governo cubano denunciou nesta quinta-feira (20) que o presidente americano, Joe Biden, não moveu "um milímetro" sua política sobre a ilha desde que chegou à Casa Branca, nem reverteu o recrudescimento de sanções aplicadas por seu antecessor, Donald Trump.
"Não há um milímetro de movimento quanto à persistência dessa política de agressão", disse o ministro da economia, Alejandro Gil Fernández, em coletiva de imprensa.
"Joe Biden mantém intactas as medidas da administração Trump com relação a #Cuba", informou no Twitter o ministério de Relações Exteriores, criticando-o por não escutar "os pedidos da comunidade internacional e de seus próprios cidadãos".
Durante sua campanha, Biden prometeu reverter as cerca de 250 sanções impostas por Trum contra Cuba, mas até agora isso não aconteceu.
Segundo cálculos do governo cubano, as afetações com este embargo eram estimadas no último ano em 5,5 bilhões de dólares.
Gil Fernández enumerou uma série de exemplos que dificultam as relações comerciais de Cuba com o exterior, como taxas de sobrepreço de até 60% que alguns provedores impõem para enviar seus produtos à ilha, a necessidade de recorrer a países longínquos para se abastecer, assim como a impossibilidade de importar produtos que tenham mais de 10% de componentes americanos, entre outros.
Apesar do panorama complexo que o país enfrenta, o ministro disse esperar que a economia comece a se recuperar em 2021 com um crescimento de 6%, impulsionado pelo aumento do preço do níquel, maior receita com serviços de telecomunicações, a volta do turismo à ilha.
"Mantemos um objetivo crescimento de cerca de 6% para este ano", disse o funcionário.
O país, que em 2020 registrou a pior queda do PIB (-11%) em quase 30 anos, também deixou de receber divisas do turismo por causa da pandemia.
No entanto, Gil Fernández disse que o governo tem prevista uma recuperação gradual do turismo com a chegada de 2,1 milhões de turistas este ano, uma cifra muito inferior aos quatro milhões que visitavam a ilha antes do início da pandemia do coronavírus no ano passado.
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