Publicado 16/06/2021 11:24
Genebra - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin, abriram nesta quarta-feira (16) com um aperto de mãos sua tão esperada reunião de cúpula em Genebra, com o objetivo de diminuir as tensões entre os dois países e encontrar alguns pontos de acordo.
Os dois líderes chegaram com poucos minutos de diferença em Villa La Grange, um magnífico edifício do século XVIII localizado no coração da cidade suíça, e foram recebidos pelo presidente suíço Guy Parmelin, que desejou boa sorte no encontro que promete ser complicado.
Biden tomou a iniciativa e estendeu a mão para Putin. "É sempre melhor nos encontrarmos cara a cara", disse o presidente dos Estados Unidos no início desta cúpula, a primeira com o líder russo desde que chegou à Casa Branca em janeiro.
Putin, por sua vez, disse estar confiante de que "a reunião será produtiva".
O encontro prevê primeiro uma reunião em formato reduzido com Biden, Putin e os chefes da diplomacia americana e russa, Antony Blinken e Serguei Lavrov. Em seguida acontecerá uma sessão de trabalho mais ampla.
Putin chegou a Genebra nesta quarta-feira ao meio-dia, meia hora antes do início da reunião, e Biden o fez na terça-feira, procedente de Bruxelas, onde participou das reuniões de cúpula da Otan e com seus aliados na União Europeia.
Desde que assumiu o poder, o 46º presidente dos Estados Unidos adotou um tom firme em relação a Putin, para deixar clara a diferença com seu antecessor, Donald Trump.
Biden também prometeu que destacará ao russo quais as "linhas vermelhas" que não deve ultrapassar.
"Não busco um conflito com a Rússia, mas responderemos se a Rússia continuar com suas atividades prejudiciais", disse o presidente americano antes da cúpula.
Embora a Casa Branca tenha insistido que nenhum avanço espetacular deve ser esperado, o presidente de 78 anos sabe que em Genebra terá a oportunidade de polir sua imagem de excelente negociador.
Nos últimos dias, os observadores relembraram a famosa cúpula em Genebra entre os presidentes Ronald Reagan e Mikhail Gorbatchov em 1985, que marcou o início do degelo da Guerra Fria.
"Estou sempre pronto", declarou Biden ao chegar a Genebra e ser questionado sobre seu estado de espírito antes desta reunião que concentra as atenções do mundo.
Mas o presidente russo também tem uma longa experiência com encontros de cúpula. Desde que assumiu o poder, no final de 1999, ele conheceu quatro presidentes americanos. Biden é o quinto.
Muitos especialistas concordam que Putin já conseguiu o que mais desejava: realizar a cúpula como um sinal da importância da Rússia no cenário mundial.
Em entrevista à NBC, Putin disse esperar que o presidente democrata seja menos impulsivo do que seu antecessor republicano. Mas ele aproveitou a ocasião para descrever Donald Trump como um homem "talentoso".
"Liberdade para Navalny"
Os dois líderes chegaram com poucos minutos de diferença em Villa La Grange, um magnífico edifício do século XVIII localizado no coração da cidade suíça, e foram recebidos pelo presidente suíço Guy Parmelin, que desejou boa sorte no encontro que promete ser complicado.
Biden tomou a iniciativa e estendeu a mão para Putin. "É sempre melhor nos encontrarmos cara a cara", disse o presidente dos Estados Unidos no início desta cúpula, a primeira com o líder russo desde que chegou à Casa Branca em janeiro.
Putin, por sua vez, disse estar confiante de que "a reunião será produtiva".
O encontro prevê primeiro uma reunião em formato reduzido com Biden, Putin e os chefes da diplomacia americana e russa, Antony Blinken e Serguei Lavrov. Em seguida acontecerá uma sessão de trabalho mais ampla.
Putin chegou a Genebra nesta quarta-feira ao meio-dia, meia hora antes do início da reunião, e Biden o fez na terça-feira, procedente de Bruxelas, onde participou das reuniões de cúpula da Otan e com seus aliados na União Europeia.
Desde que assumiu o poder, o 46º presidente dos Estados Unidos adotou um tom firme em relação a Putin, para deixar clara a diferença com seu antecessor, Donald Trump.
Biden também prometeu que destacará ao russo quais as "linhas vermelhas" que não deve ultrapassar.
"Não busco um conflito com a Rússia, mas responderemos se a Rússia continuar com suas atividades prejudiciais", disse o presidente americano antes da cúpula.
Embora a Casa Branca tenha insistido que nenhum avanço espetacular deve ser esperado, o presidente de 78 anos sabe que em Genebra terá a oportunidade de polir sua imagem de excelente negociador.
Nos últimos dias, os observadores relembraram a famosa cúpula em Genebra entre os presidentes Ronald Reagan e Mikhail Gorbatchov em 1985, que marcou o início do degelo da Guerra Fria.
"Estou sempre pronto", declarou Biden ao chegar a Genebra e ser questionado sobre seu estado de espírito antes desta reunião que concentra as atenções do mundo.
Mas o presidente russo também tem uma longa experiência com encontros de cúpula. Desde que assumiu o poder, no final de 1999, ele conheceu quatro presidentes americanos. Biden é o quinto.
Muitos especialistas concordam que Putin já conseguiu o que mais desejava: realizar a cúpula como um sinal da importância da Rússia no cenário mundial.
Em entrevista à NBC, Putin disse esperar que o presidente democrata seja menos impulsivo do que seu antecessor republicano. Mas ele aproveitou a ocasião para descrever Donald Trump como um homem "talentoso".
"Liberdade para Navalny"
O único ponto de acordo entre a Casa Branca e o Kremlin é que as relações entre os dois países estão em seu ponto mais baixo em décadas.
As questões polêmicas são numerosas e as discussões prometem ser ásperas e difíceis, principalmente em relação à Ucrânia e Belarus.
As questões polêmicas são numerosas e as discussões prometem ser ásperas e difíceis, principalmente em relação à Ucrânia e Belarus.
Um dos tópicos mais delicados é a desinformação online e os ataques cibernéticos.
Além da tentativa de interferência na eleição de 2016 em benefício de Donald Trump, os ataques cibernéticos recentes registrados contra empresas como SolarWinds, Colonial Pipeline e JBS e atribuídos a Moscou ou grupos de hackers russos irritaram Washington.
Genebra está sob forte segurança, mas um pequeno grupo de manifestantes quis mostrar seu apoio a Alexei Navalny, líder da oposição russa que está na prisão após sobreviver a um envenenamento que atribuiu ao Kremlin. Muitos gritavam "Uma Rússia sem Putin".
Na terça-feira, de Bruxelas, Joe Biden emitiu um claro alerta sobre o ativista russo. A morte de Navalny "seria uma tragédia", disse.
"Isso deterioraria as relações com o resto do mundo e também comigo", alertou.
O presidente da Suíça, Guy Parmelin, por sua vez, mostrou-se otimista com este encontro.
"O mundo está há 18 meses em uma pandemia que atingiu terrivelmente. A reunião de Genebra representa uma oportunidade para os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia inspirarem um pouco mais de otimismo, um pouco mais de esperança na política mundial", disse ele.
Além da tentativa de interferência na eleição de 2016 em benefício de Donald Trump, os ataques cibernéticos recentes registrados contra empresas como SolarWinds, Colonial Pipeline e JBS e atribuídos a Moscou ou grupos de hackers russos irritaram Washington.
Genebra está sob forte segurança, mas um pequeno grupo de manifestantes quis mostrar seu apoio a Alexei Navalny, líder da oposição russa que está na prisão após sobreviver a um envenenamento que atribuiu ao Kremlin. Muitos gritavam "Uma Rússia sem Putin".
Na terça-feira, de Bruxelas, Joe Biden emitiu um claro alerta sobre o ativista russo. A morte de Navalny "seria uma tragédia", disse.
"Isso deterioraria as relações com o resto do mundo e também comigo", alertou.
O presidente da Suíça, Guy Parmelin, por sua vez, mostrou-se otimista com este encontro.
"O mundo está há 18 meses em uma pandemia que atingiu terrivelmente. A reunião de Genebra representa uma oportunidade para os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia inspirarem um pouco mais de otimismo, um pouco mais de esperança na política mundial", disse ele.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.