Publicado 14/07/2021 14:26 | Atualizado 14/07/2021 14:28
Haia - A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afirmou, nesta quarta-feira, 14, que aplicar duas doses de algumas das vacinas anticovid aprovadas na UE é "crucial" para ter proteção contra a muito contagiosa variante Delta e pediu para acelerar seus programas de vacinação.
"Evidências preliminares sugerem que é necessário ter a segunda dose de uma vacina contra a covid-19 de duas doses para fornecer proteção adequada contra a variante Delta", disse a EMA, acrescentando que "o respeito do programa de vacinação recomendado é crucial para ter a mais alta proteção".
A variante Delta, detectada pela primeira vez na Índia, está se propagando muito rapidamente na Europa e constituirá 90% dos casos de covid-19 no continente no final do verão boreal, informou o Centro Europeu para a Prevenção e Controle de Doenças no mesmo comunicado.
"Isso torna essencial que os países acelerem seus programas de vacinação, incluindo a aplicação da segunda dose quando for recomendado, e que fechem as brechas e oportunidades de surgimento de mais variantes", disse a EMA.
Segundo o Centro Europeu para a Prevenção e Controle de Doenças, em dez países da UE cerca de 30% ou mais das pessoas maiores de 80 anos não completaram o programa de vacinação recomendado.
A variante Delta poderia "prejudicar seriamente os esforços de controle da pandemia", acrescentou a EMA, que estima que "são necessários esforços adicionais" em alguns países para proteger as pessoas vulneráveis e idosas.
Vários países decidiram recentemente endurecer seu dispositivo sanitário, principalmente para incentivar a vacinação para as pessoas mais relutantes.
Há também boas razões científicas para pensar que a combinação de diferentes marcas de vacinas, entre a primeira e segunda dose, é segura e eficaz contra a covid, segundo a EMA.
O uso deste tipo de estratégia de vacinação "poderia permitir às populações estarem protegidas mais rápido e um uso melhor das reservas de vacinas disponíveis", disse o regulador europeu.
No entanto, a EMA declarou que é cedo demais para confirmar se será preciso tomar uma terceira dose, já que não existem ainda dados suficientes das campanhas de vacinação ou estudos.
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