Mortes ligadas à covid-19 tiveram 'um aumento de 43%' no intervalo de uma semana na ÁfricaReprodução
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AFP
Publicado 15/07/2021 12:07 | Atualizado 15/07/2021 12:08
Brazzaville - As mortes ligadas à covid-19 tiveram "um aumento de 43%" no intervalo de uma semana na África, país que enfrenta falta de oxigênio e de leitos de terapia intensiva - alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira, 15.
"O número de mortes aumentou drasticamente nas últimas cinco semanas. Este é um claro sinal de alerta de que os hospitais dos países mais afetados estão chegando a um ponto de ruptura", disse a diretora regional da OMS para a África, doutora Matshidiso Moeti.
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O número de mortes subiu para 6.273 na semana de 5 a 11 de julho, contra 4.384 mortes na semana anterior, segundo a organização.
"O primeiro item da agenda dos países africanos é reforçar a produção de oxigênio para dar uma chance aos pacientes afetados por uma forma grave da doença", afirmou a especialista, durante uma coletiva de imprensa virtual.
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O aumento exorbitante de casos se explica, de acordo com a OMS, pelo fornecimento insuficiente de vacinas, mas também pelo cansaço das populações com as medidas preventivas e pela disseminação cada vez maior de variantes.
No momento, a variante Delta, altamente contagiosa, foi detectada em 21 países africanos. Namíbia, África do Sul, Tunísia, Uganda e Zâmbia foram responsáveis por 83% das novas mortes registradas na semana passada, conforme a OMS.
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Na Namíbia, a taxa de contaminação foi multiplicada por oito em comparação com as duas ondas anteriores, enquanto a taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva excede a capacidade de recepção.
O país teve "mais de 1.000 mortes só no mês passado", disse o ministro da Saúde da Namíbia, doutor Ishmael Katjitae, em entrevista coletiva.
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Para a dra. Moeti, "a dupla barreira da escassez de vacinas e os desafios ligados ao tratamento comprometem seriamente a eficácia da resposta a este aumento da pandemia" no continente.
No entanto, "com os embarques esperados de vacinas e fortes medidas preventivas, podemos reverter a tendência contra o vírus", acrescentou ela, pedindo à população que "respeite as medidas de barreira para evitar os contágios".
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Mais de seis milhões de casos de covid-19 foram oficialmente identificados na África desde o surgimento da pandemia, que volta a ganhar força no continente, de acordo com a última contagem da AFP com base em relatórios oficiais.
O número total de casos diagnosticados reflete, porém, apenas uma parte do número real de infecções em todo mundo, diante das diferentes políticas de testes adotadas por cada país.
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Na África, mais do que em outros lugares, essas estatísticas são subestimadas por falta de capacidade de realização de testes.
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