Publicado 15/08/2021 15:13 | Atualizado 15/08/2021 15:18
O Talibã anunciou neste domingo, 15, que seus militantes tomaram vários distritos de Cabul, capital afegã. De acordo com a agência, talibãs tomaram o controle do palácio presidencial, horas depois que o líder Ashraf Ghani fugiu do país.
"Unidades militares do Emirado Islâmico do Afeganistão entraram na cidade de Cabul para garantir a segurança", tuitou o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, acrescentando que "o avanço continua normalmente".
"O Talibã [combatentes] entrou no palácio presidencial", disse um comandante veterano do Talibã à AFP.
"Os mujahidin entraram no palácio presidencial e assumiram seu controle", disse outro comandante, acrescentando que uma reunião sobre segurança na capital afegã ocorria no local.
"Unidades militares do Emirado Islâmico do Afeganistão entraram na cidade de Cabul para garantir a segurança", tuitou o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, acrescentando que "o avanço continua normalmente".
"O Talibã [combatentes] entrou no palácio presidencial", disse um comandante veterano do Talibã à AFP.
"Os mujahidin entraram no palácio presidencial e assumiram seu controle", disse outro comandante, acrescentando que uma reunião sobre segurança na capital afegã ocorria no local.
Ghani fugiu, neste domingo, do Afeganistão, entregando efetivamente o poder ao Talibã, que chegou a Cabul, símbolo de sua vitória militar em apenas dez dias.
O movimento radical islâmico está a um passo do retornar ao poder, 20 anos depois de ser derrubado por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos por sua recusa em entregar o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, após os ataques de 11 de setembro de 2001.
No início da noite, o ex-vice-presidente Abdullah Abdullah anunciou que o presidente Ashraf Ghani havia "deixado" o país. Esta partida conclui a derrota das últimas semanas, após sete anos no poder durante os quais não conseguiu reconstruir o país.
"O ex-presidente deixou o Afeganistão, deixando o povo nesta situação. Ele prestará contas a Deus e o povo o julgará", disse Abdullah, também chefe do Conselho Superior para a Reconciliação Nacional.
No início da noite, o ex-vice-presidente Abdullah Abdullah anunciou que o presidente Ashraf Ghani havia "deixado" o país. Esta partida conclui a derrota das últimas semanas, após sete anos no poder durante os quais não conseguiu reconstruir o país.
"O ex-presidente deixou o Afeganistão, deixando o povo nesta situação. Ele prestará contas a Deus e o povo o julgará", disse Abdullah, também chefe do Conselho Superior para a Reconciliação Nacional.
No início do dia, Zabihullah Mujahid, um porta-voz do Talibã, anunciou no Twitter que o "Emirado Islâmico ordena a todas as suas forças que esperem nas portas de Cabul, não tentem entrar na cidade".
Mais tarde, porém, indicou que estavam autorizados a entrar nas áreas da capital abandonadas pelo Exército para manter a ordem. Os insurgentes também prometeram que não vão buscar vingança, incluindo contra soldados ou funcionários que serviram ao atual governo.
Apelando aos afegãos a "não se desesperarem", o ministro do Interior, Abdul Sattar Mirzakwal, assegurou que ocorreria uma "transferência pacífica de poder" para um governo de transição.
Outro porta-voz dos insurgentes, Suhail Shaheen, confirmou à BBC que espera uma transferência pacífica de poder "nos próximos dias".
"Queremos um governo inclusivo (...) o que significa que todos os afegãos farão parte dele", disse.
Mais tarde, porém, indicou que estavam autorizados a entrar nas áreas da capital abandonadas pelo Exército para manter a ordem. Os insurgentes também prometeram que não vão buscar vingança, incluindo contra soldados ou funcionários que serviram ao atual governo.
Apelando aos afegãos a "não se desesperarem", o ministro do Interior, Abdul Sattar Mirzakwal, assegurou que ocorreria uma "transferência pacífica de poder" para um governo de transição.
Outro porta-voz dos insurgentes, Suhail Shaheen, confirmou à BBC que espera uma transferência pacífica de poder "nos próximos dias".
"Queremos um governo inclusivo (...) o que significa que todos os afegãos farão parte dele", disse.
Em apenas dez dias, os talibãs - que lançaram sua ofensiva em maio coincidindo com o início da retirada final das tropas americanas e estrangeiras - assumiram o controle de quase todo o país.
A derrota é total para as forças de segurança afegãs, que foram financiadas por 20 anos com bilhões de dólares pelos Estados Unidos, e para o governo do presidente Ghani. O chefe de Estado apelou às forças de segurança para que garantam "a segurança de todos os cidadãos".
"É nossa responsabilidade e faremos isso da melhor maneira possível. Quem pensar em criar caos ou saques será tratado com força", disse ele em uma mensagem de vídeo.
O Talibã assumiu recentemente o controle de duas prisões perto da capital, libertando milhares de prisioneiros, e as autoridades temiam que os criminosos perturbassem a ordem pública.
A derrota é total para as forças de segurança afegãs, que foram financiadas por 20 anos com bilhões de dólares pelos Estados Unidos, e para o governo do presidente Ghani. O chefe de Estado apelou às forças de segurança para que garantam "a segurança de todos os cidadãos".
"É nossa responsabilidade e faremos isso da melhor maneira possível. Quem pensar em criar caos ou saques será tratado com força", disse ele em uma mensagem de vídeo.
O Talibã assumiu recentemente o controle de duas prisões perto da capital, libertando milhares de prisioneiros, e as autoridades temiam que os criminosos perturbassem a ordem pública.
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