Publicado 03/10/2022 15:24
indonésia - Ao menos 32 crianças estão entre as 125 pessoas que morreram no fim de semana na Indonésia em uma das maiores catástrofes da história do futebol, quando as forças de segurança usaram gás lacrimogêneo em um estádio lotado e provocaram um grande tumulto, anunciaram as autoridades.
"De acordo com as últimas informações, das 125 pessoas que morreram no acidente, 32 eram crianças, sendo a mais jovem um menino de três ou quatro anos", declarou à AFP Nahar, do ministério do Empoderamento das Mulheres e da Proteção da Infância, que como muitos indonésios tem apenas um nome.
O presidente indonésio, Joko Widodo, ordenou uma indenização às famílias das vítimas. "Como sinal de condolências, o presidente doará 50 milhões de rúpias (R$ 16.544) para cada vítima falecida", disse o ministro da Segurança, Mahfud MD, que prometeu a entrega do dinheiro em um ou dois dias.
A tragédia da noite de sábado, 1º, na cidade de Malang também deixou 323 feridos. A confusão começou depois que torcedores do Arema FC invadiram o gramado do estádio Karnjurhan depois que o time perdeu por 3-2 para o Persebaya Surabaya, a primeira derrota para o rival em mais de duas décadas.
A polícia respondeu com o uso de gás lacrimogêneo contra as arquibancadas lotadas, o que provocou uma corrida desesperada dos torcedores para os pequenos portões, onde foram esmagados ou asfixiados, segundo testemunhas.
As forças de segurança chamaram o incidente de "motim'', no qual dois agentes morreram, mas os torcedores acusaram a polícia de exagerar na resposta e provocar a morte de muitas pessoas. A indignação é cada vez maior no país.
"Uma de nossas mensagens é que as autoridades devem investigar de maneira profunda; Queremos prestação de contas. Quem é o responsável?", questionou Andika, de 25 anos, que não revelou o sobrenome.
O porta-voz da Polícia Nacional, Dedi Prasetyo, afirmou que os investigadores estão analisando as imagens das câmeras de segurança do estádio para identificar os "suspeitos que praticaram atos de destruição".
Também pretendem interrogar 18 agentes suspeitos de "usar ou transportar armas". O presidente do clube, Gilang Widya Pramana, pediu desculpas e se responsabilizou pelo incidente.
"Como presidente do Arema FC, assumirei toda a responsabilidade do ocorrido. Peço desculpas profundas às vítimas, seus familiares, todos os indonésios e à Liga 1", disse.
O ministro da Segurança determinou uma investigação e punição aos responsáveis pela tragédia. Mahfud MD anunciou que a comissão de investigação terá integrantes do governo, analistas, dirigentes do futebol, representantes da imprensa e das universidades. Ele prometeu resultados em duas ou três semanas.
Grupos de defesa dos direitos humanos exigiram uma comissão independente e que os policiais sejam responsabilizados pelo uso de gás lacrimogêneo em um espaço fechado. As críticas à polícia são cada vez mais intensas.
Uma petição online com o título "A polícia deve parar de usar gás lacrimogêneo" recebeu quase 6.000 assinaturas nas primeiras horas. O técnico do Arema FC, o chileno Javier Roca, disse que "alguns torcedores morreram nos braços dos jogadores".
"Os jovens passavam com as vítimas nos braços. Acho que a polícia ultrapassou os limites", declarou à rádio espanhola Cadena Ser. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, considerou a tragédia um "dia sombrio para o futebol".
"De acordo com as últimas informações, das 125 pessoas que morreram no acidente, 32 eram crianças, sendo a mais jovem um menino de três ou quatro anos", declarou à AFP Nahar, do ministério do Empoderamento das Mulheres e da Proteção da Infância, que como muitos indonésios tem apenas um nome.
O presidente indonésio, Joko Widodo, ordenou uma indenização às famílias das vítimas. "Como sinal de condolências, o presidente doará 50 milhões de rúpias (R$ 16.544) para cada vítima falecida", disse o ministro da Segurança, Mahfud MD, que prometeu a entrega do dinheiro em um ou dois dias.
A tragédia da noite de sábado, 1º, na cidade de Malang também deixou 323 feridos. A confusão começou depois que torcedores do Arema FC invadiram o gramado do estádio Karnjurhan depois que o time perdeu por 3-2 para o Persebaya Surabaya, a primeira derrota para o rival em mais de duas décadas.
A polícia respondeu com o uso de gás lacrimogêneo contra as arquibancadas lotadas, o que provocou uma corrida desesperada dos torcedores para os pequenos portões, onde foram esmagados ou asfixiados, segundo testemunhas.
As forças de segurança chamaram o incidente de "motim'', no qual dois agentes morreram, mas os torcedores acusaram a polícia de exagerar na resposta e provocar a morte de muitas pessoas. A indignação é cada vez maior no país.
"Uma de nossas mensagens é que as autoridades devem investigar de maneira profunda; Queremos prestação de contas. Quem é o responsável?", questionou Andika, de 25 anos, que não revelou o sobrenome.
O porta-voz da Polícia Nacional, Dedi Prasetyo, afirmou que os investigadores estão analisando as imagens das câmeras de segurança do estádio para identificar os "suspeitos que praticaram atos de destruição".
Também pretendem interrogar 18 agentes suspeitos de "usar ou transportar armas". O presidente do clube, Gilang Widya Pramana, pediu desculpas e se responsabilizou pelo incidente.
"Como presidente do Arema FC, assumirei toda a responsabilidade do ocorrido. Peço desculpas profundas às vítimas, seus familiares, todos os indonésios e à Liga 1", disse.
O ministro da Segurança determinou uma investigação e punição aos responsáveis pela tragédia. Mahfud MD anunciou que a comissão de investigação terá integrantes do governo, analistas, dirigentes do futebol, representantes da imprensa e das universidades. Ele prometeu resultados em duas ou três semanas.
Grupos de defesa dos direitos humanos exigiram uma comissão independente e que os policiais sejam responsabilizados pelo uso de gás lacrimogêneo em um espaço fechado. As críticas à polícia são cada vez mais intensas.
Uma petição online com o título "A polícia deve parar de usar gás lacrimogêneo" recebeu quase 6.000 assinaturas nas primeiras horas. O técnico do Arema FC, o chileno Javier Roca, disse que "alguns torcedores morreram nos braços dos jogadores".
"Os jovens passavam com as vítimas nos braços. Acho que a polícia ultrapassou os limites", declarou à rádio espanhola Cadena Ser. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, considerou a tragédia um "dia sombrio para o futebol".
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.