Publicado 19/10/2022 14:15 | Atualizado 19/10/2022 14:29
O governo do Irã está a ponto de "criminalizar" a venda de VPN (redes privadas virtuais), afirmou o ministro das Telecomunicações nesta quarta-feira, 19. A tecnologia é utilizada para driblar as restrições impostas à internet no país, abalado pelos protestos contra a morte da jovem Mahsa Amini.
"A venda de ferramentas de evasão não é permitida, mas infelizmente não foi criminalizada. Esforços estão sendo feitos para criminalizá-la", disse Issa Zarepour, responsável pela pasta.
"Isto não se enquadra nas minhas prerrogativas e, certamente, as instituições competentes devem assumir a missão", destacou, após uma reunião do governo.
O país adotou restrições drásticas à internet em resposta aos protestos que aconteceram nas últimas semanas em todo o país. As manifestações começaram após a morte, de Mahsa Amini, em 16 de setembro. Ela foi detida pela polícia da moral três dias antes, em Teerã. O órgão acusava a jovem de ter violado o rígido código de vestimenta do país para as mulheres, que exige o uso do véu.
As repressões das forças de segurança provocaram pelo menos 122 mortes, de acordo com o balanço da ONG Iran Human Rights (IHR), com sede em Oslo, e centenas de pessoas foram detidas.
Zarepour está na lista de autoridades iranianas alvos de sanções da União Europeia devido à brutal repressão dos protestos.
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