Publicado 28/02/2023 13:17
Dezenas de alunas de escolas femininas na província de Teerã, no Irã, foram hospitalizadas nesta terça-feira (28) após um novo envenenamento, informou a mídia local.
Este é o mais recente ataque de uma série de acontecimentos semelhantes em outras partes do país, atribuídos a indivíduos contra a escolarização de meninas.
"Hoje, ao meio-dia, várias alunas foram envenenadas na escola feminina de Khayyam, na cidade de Pardis", na província de Teerã, informou a agência de notícias Tasnim.
Segundo a agência, "até agora, 35 alunas foram levadas ao hospital e os serviços de emergência estão presentes na escola para controlar a situação", acrescentando que as vítimas passam "bem".
Desde o final de novembro, a imprensa local noticiou centenas de casos de intoxicação em meninas com cerca de 10 anos, nas escolas da cidade sagrada de Qom, centro do país. Algumas delas foram hospitalizadas brevemente.
O Ministério da Saúde explicou no domingo (26) que, com esses atos, "certos indivíduos" tentavam fazer "com que todas as escolas, particularmente as femininas, fechassem".
Este caso provocou uma onda de indignação no país, onde o silêncio das autoridades tem sido criticado devido ao crescente número de estabelecimentos afetados.
As autoridades anunciaram uma investigação sobre a origem dos envenenamentos, mas não realizou nenhuma prisão até o momento.
Ativistas compararam os autores desses ataques aos talibãs, no Afeganistão, e aos jihadistas do Boko Haram, na África Ocidental, que se opõem à educação de meninas.
O Irã está imerso em protestos desde a morte da jovem Mahsa Amini em 16 de setembro, que estava sob custódia da polícia da moralidade por não usar o véu corretamente.
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