Armas foram apreendidos em carro de suspeitosReprodução
Publicado 10/08/2023 10:47
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A Procuradoria-Geral do Estado do Equador informou que seis pessoas foram presas suspeitas de envolvimento na morte do candidato à presidência do país Fernando Villavicencio, de 59 anos, nessa quarta-feira (9). Outro suspeito morreu durante troca de tiros com as forças de segurança.
Pouco depois, a Procuradoria-Geral do Estado afirmou ter apreendido armas e granadas em um imóvel invadido no bairro de Conocoto, na capital, que serão investigados. As operações continuam.

Villavicencio levou três tiros na cabeça após sair de um evento político em Quito, capital do país, no fim da tarde de ontem. Na ocasião, pelo menos nove pessoas ficaram feridas, incluindo um candidato a deputado e dois policiais. Nas redes sociais, o órgão confirmou as detenções e a morte de um dos suspeitos.
"Um suspeito, que ficou ferido durante a troca de tiros com os seguranças, foi detido e levado gravemente ferido para a Delegacia de Flagrantes em Quito. Uma ambulância do Corpo de Bombeiros confirmou a morte", escreveu.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento exato em que Fernando Villavicencio é atingido pelos disparos. Ao menos cinco seguranças conduziam o candidato até um veículo e, quando ele entra no carro, são ouvidos cerca de 12 tiros.
Luto nacional
Para garantir a celebração das eleições, o presidente declarou estado de emergência por 60 dias em toda a nação, o que permite a presença dos militares nas ruas. Ele também declarou três dias de luto nacional "para honrar a memória de um patriota".

"Este é um crime político que tem um caráter terrorista e não duvidamos que o assassinato seja uma tentativa de sabotar o processo eleitoral", afirmou Lasso.

Depois de um massacre em uma penitenciária provocado por confrontos entre detentos com ligações com o narcotráfico e do assassinato de um prefeito durante a visita a uma obra, o chefe de Estado decretou estado de exceção no fim de julho na cidade de Durán (sudoeste) e nas províncias costeiras de Los Ríos e Manabí, que registram os maiores índices de violência do país.

O médico Carlos Figueroa, amigo do candidato assassinado e que estava com ele no momento do atentado, relatou à imprensa que os criminosos deram quase 30 tiros.

"Ele foi vítima de uma emboscada do lado de fora do centro poliesportivo", disse. "Algumas pessoas até acreditaram que eram fogos de artifício".

O jornal El Universo, o principal do país, afirmou que Villavicencio foi morto "ao estilo de um assassinato de aluguel, com três tiros na cabeça". A polícia detonou um artefato explosivo que havia sido colocado no local do atentado.

"Este crime não vai ficar impune (...) o crime organizado foi longe demais", disse Lasso. O presidente afirma que o país está em uma guerra contra o narcotráfico, o que quase dobrou a taxa de homicídios para 25 por 100.000 habitantes em 2022. Além disso, o país registrou vários massacres em penitenciárias que provocaram as mortes de mais 43 detentos desde 2021.
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