Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador que foi assassinado nesta quarta-feira (9)Reprodução

O candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, foi assassinado na quarta-feira (9) à noite em Quito, o que levou o governo a declarar estado de exceção nesta quinta-feira (10) para garantir a realização das eleições, confirmadas para 20 de agosto.

Candidato dos movimentos de centro 'Construye' e 'Gente Buena', que havia denunciado ameaças contra ele e sua equipe de campanha na semana passada, Villavicencio morreu ao ser atingido por tiros quando deixava um centro poliesportivo na zona norte da capital após um comício.
O presidente Guillermo Lasso atribuiu o ataque a membros do "crime organizado" e advertiu que os responsáveis receberão "todo o peso da lei".

Jornalista, Villavicencio era um dos oito candidatos à presidência nas eleições gerais antecipadas no Equador, país muito afetado nos últimos anos pela violência vinculada ao narcotráfico.

"A data das eleições previstas para 20 de agosto está inalterada", afirmou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint, em um comunicado conjunto com Lasso divulgada no YouTube após uma reunião do gabinete de Segurança e funcionários de alto escalão de outras instituições do Estado, que prosseguiu até a madrugada de quinta-feira.

As autoridades se reuniram em caráter de urgência na sede do governo após o atentado contra Villavicencio, que deixou nove feridos (incluindo uma candidata ao Parlamento e dois policiais). Um suposto criminoso morreu em uma troca de tiros com seguranças e seis pessoas foram detidas, informou o Ministério Público.

Atamaint acrescentou que as Forças Armadas e a Polícia "redobrarão a segurança" para que as eleições "aconteçam com garantias de escolha livre, em paz e com segurança".