Publicado 09/10/2023 12:36
A ministra de Relações Exteriores da Noruega, Anniken Huitfeldt, afirmou que, para evitar a escalada das tensões trazidas pelo conflito entre Israel e o Hamas, o primeiro passo é a devolução dos reféns. Ela ressaltou que a Noruega condena os ataques e tem um histórico de negociações específicas nesse conflito, e que já conversou com os primeiros ministros dos dois lados, tanto de Israel como da Palestina. Ela elogiou o esforço do governo brasileiro por realizar uma reunião do Conselho de Segurança da ONU no domingo.
"Penso que há apenas uma solução: esses dois povos não podem viver juntos em um país. Então o único caminho é a solução de dois Estados. Mas isso é para o futuro. Neste momento, o Hamas tem que libertar os reféns. Não podemos aceitar ataques terroristas contra civis", disse a ministra a jornalistas após a abertura de evento promovido pelo consulado da Noruega sobre transição energética, no Rio de Janeiro.
Ela informou que a Noruega está envolvida nesse conflito há 30 anos e há quatro semanas esteve tanto em Israel como na Palestina.
"Eu própria visitei Israel e a Palestina há quatro semanas e, neste momento, encorajamos o Hamas a libertar todos os reféns para que se possam realizar conversações. Estamos falando com todas as partes. Falei ontem (domingo) com o Ministro dos Negócios Estrangeiros israelense. Falei com o primeiro-ministro palestino há dois dias. E o que também temos de fazer agora é evitar uma escalada. Foi esse o tema principal quando falei com as partes e continuaremos a fazê-lo", adicionou.
Huitfeldt informou que vai se reunir nesta terça-feira, 10, em Brasília, com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e com a ministra do Meio Ambiente, Mariana Silva. "Vão haver muitas reuniões políticas, porque penso que temos muitos interesses comuns", disse.
A Noruega, junto com a Alemanha, contribui para o Fundo Amazônia, administrado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, a Equinor, petroleira norueguesa, possui parcerias com a Petrobras e planeja atuar no futuro em energia eólica offshore com a estatal brasileira.
"Temos sido o maior doador (do Fundo Amazônia) e não temos planos para diminuir as contribuições", afirmou a ministra.
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