Publicado 15/12/2023 09:21
O consumo de carvão no mundo bateu recorde em 2023, com 8,53 bilhões de toneladas queimadas deste combustível fóssil, anunciou nesta sexta-feira, 15, a Agência Internacional de Energia (AIE), dois dias após o fim da COP28.
Apesar do compromisso assumido pelos países participantes na conferência do clima da ONU em Dubai de abandonar progressivamente as energias fósseis, o ano de 2023 superou o recorde que havia sido estabelecido em 2022, segundo o relatório da AIE.
Os números coincidem com um ano de 2023 que "quase com toda certeza" vai superar 2016 como o mais quente já registrado, como alertou o observatório europeu Copernicus no início de novembro. A combustão do carvão, tanto para produzir energia como para o funcionamento das indústrias, é responsável por boa parte das emissões de dióxido de carbono (CO2).
A AIE destaca a tendência de alta do consumo na China, onde com aumento de 220 milhões de toneladas (4,9%) na comparação com o ano passado, e na Índia, com avanço de 98 milhões (8%). Também foram queimadas 23 milhões de toneladas a mais na Indonésia, o que representou um aumento de 11%, segundo o relatório.
Ao mesmo tempo, o uso diminuiu consideravelmente na Europa, com 107 milhões de toneladas a menos (-23%), e nos Estados Unidos, com uma redução de 95 milhões de toneladas (-21%). O fechamento das centrais de carvão e o menor peso da indústria favoreceram a tendência nas duas regiões.
Na Alemanha, por exemplo, a maioria das centrais devem fechar durante os próximos três anos e o país substituirá as unidades por centrais eólicas ou solares. A França deseja fechar sua última central de energia elétrica alimentada por carvão em 2027.
A AIE admite a dificuldade de fazer previsões certeiras sobre a Rússia, quarto maior consumidor de carvão, devido à guerra na Ucrânia.
"Pico" em 2023
Apesar do compromisso assumido pelos países participantes na conferência do clima da ONU em Dubai de abandonar progressivamente as energias fósseis, o ano de 2023 superou o recorde que havia sido estabelecido em 2022, segundo o relatório da AIE.
Os números coincidem com um ano de 2023 que "quase com toda certeza" vai superar 2016 como o mais quente já registrado, como alertou o observatório europeu Copernicus no início de novembro. A combustão do carvão, tanto para produzir energia como para o funcionamento das indústrias, é responsável por boa parte das emissões de dióxido de carbono (CO2).
A AIE destaca a tendência de alta do consumo na China, onde com aumento de 220 milhões de toneladas (4,9%) na comparação com o ano passado, e na Índia, com avanço de 98 milhões (8%). Também foram queimadas 23 milhões de toneladas a mais na Indonésia, o que representou um aumento de 11%, segundo o relatório.
Ao mesmo tempo, o uso diminuiu consideravelmente na Europa, com 107 milhões de toneladas a menos (-23%), e nos Estados Unidos, com uma redução de 95 milhões de toneladas (-21%). O fechamento das centrais de carvão e o menor peso da indústria favoreceram a tendência nas duas regiões.
Na Alemanha, por exemplo, a maioria das centrais devem fechar durante os próximos três anos e o país substituirá as unidades por centrais eólicas ou solares. A França deseja fechar sua última central de energia elétrica alimentada por carvão em 2027.
A AIE admite a dificuldade de fazer previsões certeiras sobre a Rússia, quarto maior consumidor de carvão, devido à guerra na Ucrânia.
"Pico" em 2023
Os níveis de 2023 representarão um "pico" no consumo de carvão, que diminuirá "a partir de 2024", segundo a agência internacional, fundada em 1974 no âmbito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE).
A AIE projeta um avanço das energias renováveis (eólica, solar...) em todo o planeta para "levar o consumo mundial de carvão a uma trajetória descendente". Apesar disso, a agência não prevê uma redução de seu uso na indústria.
Alguns países, como a Indonésia, registram situações paradoxais, como o aumento do consumo de carvão devido ao boom da extração de níquel para a fabricação de baterias para os carros elétricos.
A AIE projeta um avanço das energias renováveis (eólica, solar...) em todo o planeta para "levar o consumo mundial de carvão a uma trajetória descendente". Apesar disso, a agência não prevê uma redução de seu uso na indústria.
Alguns países, como a Indonésia, registram situações paradoxais, como o aumento do consumo de carvão devido ao boom da extração de níquel para a fabricação de baterias para os carros elétricos.
A China, no entanto, continua sendo de longe o país que mais utiliza o carvão, com 54% do consumo mundial. A agência prevê uma redução do consumo chinês durante os próximos dois anos e que a Índia assuma a liderança no uso do carvão a partir de 2026.
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