Publicado 04/01/2024 12:13
Um documento aguardado pela opinião pública americana foi, enfim, revelado. Nesta quarta-feira, 3, a Justiça dos Estados Unidos divulgou a lista de pessoas ligadas ao bilionário americano Jeffrey Epstein. Ele foi encontrado morto na prisão em 2019, após ser preso sob acusação de tráfico sexual de menores e de conspiração criminosa. Entre os citados nos escândalos, estão duas personalidades do política mundial: o ex-presidente americano Bill Clinton e o irmão do atual monarca britânico rei Charles III, o príncipe Andrew.
A relação das pessoas que tiveram envolvimento com o investidor, e tornada pública pela corte americana, consta na ação movida por Virginia Giuffre, uma das supostas vítimas, contra Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein. Virginia também processou Jeffrey em 2019 por tê-la obrigado a ter relações sexuais com o príncipe Andrew em Londres em 2001, quando ela tinha 17 anos, e depois em outras duas ocasiões, em Nova York e na ilha particular do bilionário, no Caribe.
Na transcrição de um depoimento, Epstein teria dito a Johanna Sjoberg, uma das vítimas que acusa o bilionário, que "Clinton gosta delas jovens", ao se referir ao ex-presidente americano. O investidor sempre teve ligações próximas a ex-presidentes dos EUA, estrelas de Hollywood e pessoas dos setores de modelagem e moda. De acordo com o jornal britânico Daily Mail, outros nomes, incluindo um arquivo nomeado como "Jane Doe 107" ainda permanecerão em sigilo por 30 dias.
Figuras como o ex-primeiro ministro israelense Ehud Barak, o mágico David Copperfield, os atores Leonardo DiCaprio e Bruce Willis também constam no documento. O cantor Michael Jackson, morto em 2009, foi citado por ter visitado a mansão do bilionário em Palm Beach.
Epstein havia se declarado culpado e aguardava julgamento para os crimes na prisão de segurança máxima Manhattan MCC, quando se suicidou. Se condenado, as penas poderiam somar 45 anos de reclusão. Devido à idade do bilionário à época — 66 anos —, a sentença poderia ser convertida em prisão perpétua. A defesa do investidor chegou a solicitar prisão domiciliar, negada pela Justiça americana — que avaliou que Epstein representava um risco para a sociedade e que ele poderia tentar fugir, já que tinha os meios para isso.
Escândalo foi enredo de filme
A sucessão de escândalos envolvendo o bilionário foi tema do filme "Jeffrey Epstein: poder e perversão", lançado em 2020. A obra mostrou como o investidor usou dinheiro e poder para cometer seus crimes. A história conta a saga de um jornalista que descobre a rede de prostituição e tráfico de menores utilizada por Epstein para se relacionar com altas personalidades e que o levou a prisão em 2019.
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