Em julho, o magnata já havia sido encontrado inconsciente e em posição fetal em sua cela. As autoridades então trataram o incidente como possível tentativa de suicídio.
Segundo a ata de acusação, ele teria levado menores de idade, algumas delas com apenas 14 anos, para suas residências em Manhattan e em Palm Beach, na Flórida, entre 2002 e 2005 pelo menos, "para participar de atos sexuais com ele, depois dos quais lhes dava centenas de dólares em dinheiro".
"Também pagava algumas de suas vítimas para recrutarem mais meninas para serem abusadas", apontou a acusação.
Epstein negou as acusações, mas um juiz federal rejeitou o pedido de liberdade condicional feito por sua defesa. Os advogados do milionário propuseram que Epstein ficasse isolado em sua casa em Manhattan com um bracelete, ou tornozeleira eletrônica, e com câmeras de vídeo que registrariam seus movimentos.
A Justiça avaliou, porém, que Epstein representava um risco para a sociedade e que ele poderia tentar fugir, já que tinha os meios para isso.
Durante uma busca realizada na casa de Epstein em Nova York, as autoridades encontraram em um cofre "dezenas de diamantes" e "maços de notas", bem como um falso passaporte austríaco já vencido em nome de Epstein.
Se ele fosse condenado pelos crimes dos quais é acusado, poderia ter sido sentenciado a até 45 anos de prisão, o que, com sua idade, configuraria uma pena de prisão perpétua.