Publicado 20/02/2024 12:50
O príncipe William pediu nesta terça-feira, 20, o "fim dos combates o quanto antes" no conflito entre Israel e Hamas, estimando que houve "muitas mortes", distanciando-se da discrição habitual da família real britânica.
O príncipe de Gales e herdeiro do trono disse em um comunicado estar "muito preocupado com o custo humano do conflito no Oriente Médio desde o ataque terrorista do Hamas de 7 de outubro".
"Houve muitas mortes. Como tantos outros, desejo que os combates cessem o quanto antes. Gaza necessita desesperadamente de mais ajuda humanitária. É essencial que a ajuda chegue e que os reféns sejam liberados", afirmou.
William, que poucas vezes aparece em público desde a operação de abdômen à qual sua esposa Kate foi submetida em meados de janeiro, tem previsto para os próximos dias vários compromissos relacionados ao conflito.
A guerra foi desencadeada por um ataque de combatentes do Hamas infiltrados no sul de Israel em 7 de outubro.
Mais de 1.160 pessoas foram assassinadas, em sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP realizada a partir de dados oficiais israelenses.
Em represália, Israel lançou uma ofensiva que causou 29.092 mortes na Faixa de Gaza, em sua grande maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
Israel afirma que ainda há 130 reféns em Gaza, dos aproximadamente 250 sequestrados em 7 de outubro, dos quais 30 morreram.
Não é comum que os membros da família real se expressem sobre temas da atualidade ou conflitos em curso, exceto o forte apoio à Ucrânia diante da invasão russa recentemente.
O conflito entre Israel e Hamas provocou manifestações multitudinárias de apoio aos palestinos no Reino Unido, onde vive uma grande comunidade muçulmana.
O governo conservador em um primeiro momento realizou apelos a "pausas humanitárias" e à busca por um "cessar-fogo duradouro", mas agora endureceu o tom e o chefe da diplomacia, David Cameron, pediu na segunda-feira "o fim imediato dos combates".
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