Publicado 03/03/2024 10:37 | Atualizado 03/03/2024 11:04
Negociadores do grupo terrorista Hamas, de Catar e dos Estados Unidos chegaram neste domingo, 3, ao Egito para uma nova rodada de negociações no momento em que cresce a esperança por um cessar-fogo na Faixa de Gaza. O objetivo é chegar a uma trégua antes do início do mês de jejum muçulmano, que começará em 10 ou 11 de março.
Cairo, Doha e Washington, que têm atuado como mediadores, tentam costurar há semanas uma nova trégua na guerra. No sábado (2) uma autoridade americana disse que Israel concordou "mais ou menos" com os termos do acordo - que prevê uma pausa nos combates de seis semanas para liberação de reféns e aumento do ajuda humanitária em Gaza - e disse que agora a responsabilidade recai sobre o Hamas.
Um acordo poderia ser assinado "dentro de 24 ou 48 horas" se Israel "aceitar as exigências do Hamas, que incluem o retorno dos palestinos deslocados ao norte de Gaza e o aumento da ajuda humanitária", disse neste domingo um alto líder do movimento islamista à AFP.
A pressão por cessar-fogo aumentou com a morte de dezenas de palestinos desesperados atrás de um comboio com ajuda humanitária. O Hamas acusou Israel de abrir fogo contra civis que esperam por comida. Tel-Aviv, por outro lado, admite disparos, mas atribui o alto número de mortes a uma confusão.
A primeira e única pausa nos combates aconteceu no fim de novembro, quando cerca de 100 reféns israelenses foram liberados em troca de prisioneiros palestinos.
A guerra foi desencadeada pelo ataque terrorista do Hamas, que matou 1,2 mil pessoas em Israel e levou mais 240 como reféns. Do lado palestino, o número de mortos passa de 30 mil, segundo o ministério da Saúde local. Estimativas americanas apontam que mais de 25 mil mulheres e crianças estão entre as vítimas.
A primeira e única pausa nos combates aconteceu no fim de novembro, quando cerca de 100 reféns israelenses foram liberados em troca de prisioneiros palestinos.
A guerra foi desencadeada pelo ataque terrorista do Hamas, que matou 1,2 mil pessoas em Israel e levou mais 240 como reféns. Do lado palestino, o número de mortos passa de 30 mil, segundo o ministério da Saúde local. Estimativas americanas apontam que mais de 25 mil mulheres e crianças estão entre as vítimas.
Fome 'quase inevitável'
No terreno, houve bombardeios noturnos nas cidades de Khan Yunis e Rafah, no sul da Faixa de Gaza, segundo um correspondente da AFP. O governo do Hamas, no poder no enclave desde 2007, indicou que houve disparos de artilharia contra Jabaliya, Beit Hanun, Zeitun e Tal Al Hawa, no norte.
Em quase cinco meses de guerra, as operações militares em retaliação ao ataque sem precedentes do Hamas em Israel, em 7 de outubro, deixaram 30.410 mortos na Faixa, a maioria civis, segundo o último balanço do Ministério da Saúde do território. Nas últimas 24 horas, 90 pessoas morreram, 14 delas membros da mesma família, em um bombardeio em Rafah.
No ataque dos comandos do Hamas em solo israelense, cerca de 1.160 pessoas morreram, principalmente civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados israelenses. Os islamistas sequestraram cerca de 250 pessoas, das quais 130 ainda estão detidas em Gaza, segundo as autoridades israelenses.
O conflito também causou uma catástrofe humanitária e a fome é "quase inevitável" para 2,2 milhões de pessoas, a grande maioria da população de Gaza, segundo Jens Laerke, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
O Ministério da Saúde do Hamas relatou a morte de 16 crianças por "desnutrição e desidratação" nos últimos dias. O Conselho de Segurança da ONU pediu no sábado a entrega de ajuda humanitária em "grande escala".
Protestos contra guerra
No sábado, cerca de 15 mil israelenses se somaram à marcha que chegou a Jerusalém para exigir um acordo que permita a liberação dos reféns.
A marcha começou na quarta-feira passada em Reim, sede do festival de música onde o Hamas matou cerca de 360 pessoas no dia 7 de outubro, e chegou a Jerusalém, onde os protestos devem continuar na Praça Paris, em frente à casa do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.
Após quatro dias de caminhada, na entrada de Jerusalém, os manifestantes leram os nomes dos 130 reféns que ainda estão no enclave palestino. Cerca de 30 deles já estariam mortos.
Os reféns já libertados Luis Har, Fernando Merman, Clara Merman e Gabriela Leimberg - todos da mesma família, sequestrados no kibutz Nir Yitzhak - lideraram a reta final da marcha.
Luis Har e Fernando Merman são os cidadãos israelense-argentinos que Israel resgatou no começo do ano em operação em Rafah, sul de Gaza. Clara e Gabriela foram libertadas duarante o cessar-fogo de novembro.
Em quase cinco meses de guerra, as operações militares em retaliação ao ataque sem precedentes do Hamas em Israel, em 7 de outubro, deixaram 30.410 mortos na Faixa, a maioria civis, segundo o último balanço do Ministério da Saúde do território. Nas últimas 24 horas, 90 pessoas morreram, 14 delas membros da mesma família, em um bombardeio em Rafah.
No ataque dos comandos do Hamas em solo israelense, cerca de 1.160 pessoas morreram, principalmente civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados israelenses. Os islamistas sequestraram cerca de 250 pessoas, das quais 130 ainda estão detidas em Gaza, segundo as autoridades israelenses.
O conflito também causou uma catástrofe humanitária e a fome é "quase inevitável" para 2,2 milhões de pessoas, a grande maioria da população de Gaza, segundo Jens Laerke, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
O Ministério da Saúde do Hamas relatou a morte de 16 crianças por "desnutrição e desidratação" nos últimos dias. O Conselho de Segurança da ONU pediu no sábado a entrega de ajuda humanitária em "grande escala".
Protestos contra guerra
No sábado, cerca de 15 mil israelenses se somaram à marcha que chegou a Jerusalém para exigir um acordo que permita a liberação dos reféns.
A marcha começou na quarta-feira passada em Reim, sede do festival de música onde o Hamas matou cerca de 360 pessoas no dia 7 de outubro, e chegou a Jerusalém, onde os protestos devem continuar na Praça Paris, em frente à casa do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.
Após quatro dias de caminhada, na entrada de Jerusalém, os manifestantes leram os nomes dos 130 reféns que ainda estão no enclave palestino. Cerca de 30 deles já estariam mortos.
Os reféns já libertados Luis Har, Fernando Merman, Clara Merman e Gabriela Leimberg - todos da mesma família, sequestrados no kibutz Nir Yitzhak - lideraram a reta final da marcha.
Luis Har e Fernando Merman são os cidadãos israelense-argentinos que Israel resgatou no começo do ano em operação em Rafah, sul de Gaza. Clara e Gabriela foram libertadas duarante o cessar-fogo de novembro.
*Com informações do Estadão Conteúdo e AFP
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