Publicado 14/03/2024 08:27
Uma proposta para instalar uma nova liderança no Haiti ficou mais distante nesta quarta, 13, quando alguns partidos políticos rejeitaram o plano para criar um conselho presidencial para gerir a transição. O primeiro-ministro Ariel Henry anunciou que renunciará assim que o conselho for formado, para dar alguma estabilidade ao país devastado pela violência de gangues.
O painel seria responsável pela seleção de um premiê interino e de um conselho de ministros, que deverá traçar um novo caminho político para o país. A violência fechou escolas, empresas e abalou a vida cotidiana. Embaixadas e representações diplomáticas, incluindo a brasileira, estão retirando seus funcionários e restringindo ou suspendendo seus serviços em Porto Príncipe.
Moïse Jean-Charles, ex-senador e candidato presidencial, que se aliou ao ex-líder de gangue Guy Philippe, disse à Radio Télé Métronome que não participaria do arranjo. Philippe, que liderou uma revolta bem-sucedida, em 2004, contra o então presidente Jean-Bertrand Aristide e foi recentemente libertado de uma prisão americana depois de se declarar culpado de lavagem de dinheiro, disse que nenhum haitiano deveria aceitar qualquer proposta que venha de fora.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Philippe acusou a comunidade internacional de ser cúmplice da elite haitiana, dos políticos corruptos e pediu que os haitianos saíssem às ruas. "A decisão do Caricom (Comunidade do Caribe) não é a nossa", disse ele, referindo-se ao bloco regional cujos líderes apresentaram o plano para criar um conselho de transição. "Os haitianos decidirão quem governará o Haiti."
Outros políticos haitianos também se recusaram a participar do acordo. Entre eles, Himmler Rébu, ex-coronel do Exército haitiano e presidente de um partido com vaga no conselho de transição. Ele afirmou que seu grupo político prefere que um juiz da Suprema Corte do Haiti assuma as rédeas do poder.
Acordo
O plano surgiu na noite de segunda-feira, 11, após uma reunião urgente em Kingston, capital da Jamaica, que envolveu os líderes da Caricom, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e outros diplomatas que procuravam uma solução para superar a onda de violência no Haiti. Horas depois, o primeiro-ministro haitiano, que não participou da reunião e está em Porto Rico, confirmou que se demitiria assim que o conselho fosse criado.
O painel seria responsável pela seleção de um premiê interino e de um conselho de ministros, que deverá traçar um novo caminho político para o país. A violência fechou escolas, empresas e abalou a vida cotidiana. Embaixadas e representações diplomáticas, incluindo a brasileira, estão retirando seus funcionários e restringindo ou suspendendo seus serviços em Porto Príncipe.
Moïse Jean-Charles, ex-senador e candidato presidencial, que se aliou ao ex-líder de gangue Guy Philippe, disse à Radio Télé Métronome que não participaria do arranjo. Philippe, que liderou uma revolta bem-sucedida, em 2004, contra o então presidente Jean-Bertrand Aristide e foi recentemente libertado de uma prisão americana depois de se declarar culpado de lavagem de dinheiro, disse que nenhum haitiano deveria aceitar qualquer proposta que venha de fora.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Philippe acusou a comunidade internacional de ser cúmplice da elite haitiana, dos políticos corruptos e pediu que os haitianos saíssem às ruas. "A decisão do Caricom (Comunidade do Caribe) não é a nossa", disse ele, referindo-se ao bloco regional cujos líderes apresentaram o plano para criar um conselho de transição. "Os haitianos decidirão quem governará o Haiti."
Outros políticos haitianos também se recusaram a participar do acordo. Entre eles, Himmler Rébu, ex-coronel do Exército haitiano e presidente de um partido com vaga no conselho de transição. Ele afirmou que seu grupo político prefere que um juiz da Suprema Corte do Haiti assuma as rédeas do poder.
Acordo
O plano surgiu na noite de segunda-feira, 11, após uma reunião urgente em Kingston, capital da Jamaica, que envolveu os líderes da Caricom, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e outros diplomatas que procuravam uma solução para superar a onda de violência no Haiti. Horas depois, o primeiro-ministro haitiano, que não participou da reunião e está em Porto Rico, confirmou que se demitiria assim que o conselho fosse criado.
*Com agências internacionais
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