
Publicado 06/12/2024 18:51
Um tribunal de apelações americano rejeitou, nesta sexta-feira (6), o recurso da plataforma TikTok questionando a constitucionalidade da lei que exige que se separe de sua matriz chinesa para seguir operando nos Estados Unidos, e agora a empresa recorrerá na Suprema Corte.
Esta decisão pressiona o TikTok, já que o Congresso estabeleceu o dia 19 de janeiro para a aplicação do texto votado em abril.
A lei, promulgada em abril pelo presidente Joe Biden, impediria a plataforma de figurar em lojas de aplicativos nos Estados Unidos se não cumprir com o estipulado.
Segurança Nacional vs. Censura
PublicidadeEsta decisão pressiona o TikTok, já que o Congresso estabeleceu o dia 19 de janeiro para a aplicação do texto votado em abril.
A lei, promulgada em abril pelo presidente Joe Biden, impediria a plataforma de figurar em lojas de aplicativos nos Estados Unidos se não cumprir com o estipulado.
Segurança Nacional vs. Censura
De acordo com um expediente judicial, na decisão legal desta sexta-feira, um painel de três juízes rejeitou os principais argumentos de TikTok de que as preocupações de segurança dos Estados Unidos que embasavam a lei são especulativas.
Também não concordaram que alternativas menos drásticas que uma venda por parte da ByteDance resolveriam os problemas apresentados pelo governo americano.
Os juízes também rejeitaram o argumento apresentado pelo TikTok de que a lei, na realidade, tentava censurar conteúdos e não garantir a segurança nacional.
"Esta conclusão é respaldada por ampla evidência de que a Lei é o meio menos restritivo para promover os imperiosos interesses de segurança nacional do Governo [americano]", manifestaram os magistrados ao fundamentarem sua decisão.
Nesta mesma sexta-feira, o TikTok anunciou que vai recorrer à Suprema Corte de Estados Unidos.
"A Suprema Corte tem um histórico estabelecido de proteção do direito dos americanos à liberdade de expressão, e esperamos que faça exatamente isso neste importante tema constitucional", comentou a empresa em comunicado após ver seu recurso rejeitado.
Risco de vazamento de dados
Também não concordaram que alternativas menos drásticas que uma venda por parte da ByteDance resolveriam os problemas apresentados pelo governo americano.
Os juízes também rejeitaram o argumento apresentado pelo TikTok de que a lei, na realidade, tentava censurar conteúdos e não garantir a segurança nacional.
"Esta conclusão é respaldada por ampla evidência de que a Lei é o meio menos restritivo para promover os imperiosos interesses de segurança nacional do Governo [americano]", manifestaram os magistrados ao fundamentarem sua decisão.
Nesta mesma sexta-feira, o TikTok anunciou que vai recorrer à Suprema Corte de Estados Unidos.
"A Suprema Corte tem um histórico estabelecido de proteção do direito dos americanos à liberdade de expressão, e esperamos que faça exatamente isso neste importante tema constitucional", comentou a empresa em comunicado após ver seu recurso rejeitado.
Risco de vazamento de dados
Com esta lei, adotada por uma grande maioria de legisladores, tanto republicanos quanto democratas, o Congresso afirma querer prevenir os riscos de espionagem e manipulação dos usuários da plataforma de vídeos curtos, muito popular entre os jovens de todo o mundo, por parte do governo chinês.
O governo dos Estados Unidos alega que o TikTok permite ao governo chinês coletar dados privados e espionar os usuários. Também sustenta que a plataforma é um meio para difundir propaganda oficial. Tanto Pequim quanto a Bytedance rejeitam tais acusações.
O TikTok, que conta com cerca de 170 milhões de usuários ativos nos Estados Unidos, negou diversas vezes transmitir informação às autoridades de Pequim e sustenta que rejeitará qualquer possível solicitação desse nível.
Incerteza antes de Trump
O governo dos Estados Unidos alega que o TikTok permite ao governo chinês coletar dados privados e espionar os usuários. Também sustenta que a plataforma é um meio para difundir propaganda oficial. Tanto Pequim quanto a Bytedance rejeitam tais acusações.
O TikTok, que conta com cerca de 170 milhões de usuários ativos nos Estados Unidos, negou diversas vezes transmitir informação às autoridades de Pequim e sustenta que rejeitará qualquer possível solicitação desse nível.
Incerteza antes de Trump
A potencial proibição poderia tensionar as relações entre Estados Unidos e China justo quando o presidente eleito, o republicano Donald Trump, se prepara para assumir o cargo em 20 de janeiro.
Trump considera que uma proibição beneficiaria principalmente gigantes como a Meta (proprietária de Facebook e Instagram, entre outras redes), do magnata Mark Zuckerberg.
A postura de Trump reflete críticas mais amplas dos conservadores contra a Meta, a quem acusam de suprimir conteúdo de direita, incluída a suspensão do próprio ex-presidente (2017-2021) do Facebook depois da violenta invasão do Capitólio por parte de seus simpatizantes em 2021.
A visão atual de Trump é diferente da de seu primeiro mandato, quando tentou proibir o TikTok por preocupações de segurança similares.
David Sacks, o novo chefe de políticas tecnológicas de Trump, também se opõe à proibição, pois a considera um excesso do governo.
Trump considera que uma proibição beneficiaria principalmente gigantes como a Meta (proprietária de Facebook e Instagram, entre outras redes), do magnata Mark Zuckerberg.
A postura de Trump reflete críticas mais amplas dos conservadores contra a Meta, a quem acusam de suprimir conteúdo de direita, incluída a suspensão do próprio ex-presidente (2017-2021) do Facebook depois da violenta invasão do Capitólio por parte de seus simpatizantes em 2021.
A visão atual de Trump é diferente da de seu primeiro mandato, quando tentou proibir o TikTok por preocupações de segurança similares.
David Sacks, o novo chefe de políticas tecnológicas de Trump, também se opõe à proibição, pois a considera um excesso do governo.
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