Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos, foi agredida pela mãe, Gilmara Oliveira de Faria, e pela madrastra, Brena Luane Barbosa Nunes.Divulgação
Publicado 06/12/2023 22:35 | Atualizado 06/12/2023 23:10
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Depois de dois anos e sete meses do crime que chocou a cidade de Porto Real, a Justiça condenou na terça-feira (5) as duas mulheres envolvidas na morte da pequena Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos. A mãe, Gilmara Oliveira de Faria, e a madrasta, Brena Luane Barbosa Nunes, foram condenadas a 57 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão em regime fechado por homicídio e tortura.
O caso aconteceu no dia 19 de abril de 2021 no bairro Jardim das Acácias. Após viver um fim de semana de terror sendo brutalmente agredida pela própria mãe e a companheira, a menina foi levada ao Hospital Municipal São Francisco de Assis. Na unidade, depois de uma tomografia, foi constatada uma lesão neurológica muito grave.
Ketelen Vitória chegou a ser transferida para um hospital particular de Resende, cidade vizinha, mas não resistiu. Ela morreu no dia 24 de abril. Em uma entrevista ao jornal O Dia na época, Rosangela Nunes, mãe de Brena Luane, revelou que o "estopim" para a sessão de tortura foi a criança ter aberto duas caixas de leite.
A mulher contou que Brena usou um cabo de fibra óptica para bater na menina. "Deu chutes, batia contra a parede. Jogou a menina do barranco de sete metros junto com a mãe. A criança só não foi lá pra baixo porque a mãe dela segurou. Depois disso, ainda bateu mais dentro de casa", disse Rosangela.
De acordo com denúncia, durante três dias seguidos, a dupla efetuou sessões de agressões contra a vítima. “Trata-se de um ato de extrema perversidade que transcende os limites da compreensão humana. A tenra idade da vítima, uma criança inocente e vulnerável, é um fator que exige uma avaliação negativa das consequências do crime. Se tomada, por exemplo, a expectativa de vida da mulher no brasil (de 79 anos), a ré ceifou, no mínimo, 73 anos de vida da vítima”, ressaltou o presidente do III Tribunal do Júri da Capital, juiz Cariel Bezerra Patriota.
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