Publicado 25/09/2019 12:59
Rio - O representante da seccional do Rio de Janeiro da OAB Rodrigo Mandego disse no início da tarde desta quarta-feira que o motorista que conduzia a Kombi, onde Ágatha Vitória Félix estava quado foi baleada, relatou estar se sentindo ameaçado. A declaração foi dada em entrevista coletiva em frente à Delegacia de Homicídios da Capital, onde os pais da menina de oito anos assassinada, Vanessa Salles Félix e Adegilson Lima, prestam depoimento.
Mandego disse que a comissão de Direitos Humanos da OAB-Rio vai continuar acompanhando a família para oferecer toda ajuda jurídica necessária. O advogado acrescentou que a Ordem tenta preservar as testemunhas para que não sofram nenhum tipo de represália. Ele disse que a seccional divulgará uma nota mais tarde sobre o caso.
"A gente não quer expor mais detalhes por questão de segurança das testemunhas. Todas estão com bastante medo. Elas moram em uma comunidade conflagrada do Rio de Janeiro, sofrem opressões por todos os lados", disse o advogado da OAB-Rio. "O motorista está se sentindo ameaçado", concluiu.
A família reafirma que na hora dos disparos que atingiram Ágatha não houve nenhum tiroteio. Segundo Mandego, a mãe de Ágatha, Vanessa Salles Félix, viu pelo menos dois policiais no local. Mas, não sabe afirmar se o tiro partiu de um PM.
"Todas as testemunhas ouvidas até agora, por parte da família e outras, dizem que não sabem de onde partiu a bala. A bala pode ter partido de uma briga de bar, de um marido tentando matar a mulher, de um marginal, de um policial, mas não havia confronto na localidade naquele momento", reforça.
O advogado disse ainda que tanto a Comissão de Direitos Humanos da OAB-Rio, quanto a família acreditam no trabalho da DH da Capital para elucidar o caso.
Os pais da menina Ágatha Vitória Félix, de 8 anos, morta na madrugada do último sábado no Alemão, chegaram por volta das 10h30 desta quarta-feira na Delegacia de Homicídios da Capital. Eles prestam novo depoimento sobre o caso.
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