Publicado 21/01/2020 11:49 | Atualizado 21/01/2020 14:40
Rio - Dois funcionários da Cedae prestam, nesta terça-feira, depoimento na Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD). Eles chegaram à Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte do Rio, onde fica a sede da especializada, acompanhado de advogados por volta das 10h30. Eles não falaram com a imprensa.
A polícia investiga uma possível ação criminosa na adulteração da qualidade da água da companhia. Na sexta-feira da semana passada, a DDSD colheu os primeiros depoimentos de outros três funcionários da empresa.
Na ocasião, a delegacia ouviu o ex e o atual chefe da Estação de Tratamento do Guandu, Júlio Cesar Antunes e Pedro Ortolano, respectivamente, e o coordenador de Operação de Tratamento da empresa, Wellis Rodrigo da Silva Costa, foram ouvidos na delegacia. O teor do depoimento deles não foi divulgado.
Além dos depoimentos, a DDSD tem ido ao Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para fazer operações. Os policiais estiveram na estação na última quinta e sexta-feira.
'SABOTAGEM'
Ontem, o governador Wilson Witzel (PSC) disse acreditar que a situação da qualidade da água da Cedae tenha sido resultado de uma "sabotagem" na companhia.
Para resolver o problema do gosto e da coloração da água que distribui, a Cedae vai iniciar, ainda nesta semana, a aplicação de carvão ativado pulverizado no Guandu. A última parte do equipamento que vai permitir o novo tratamento chegou à estação no domingo.
No total, além do carvão, a estação recebeu um silo, dois tanques de preparo, caixa dosadora e uma bomba. O maquinário, que foi feito sob encomenda, veio de Mogi das Cruzes, na Região Metropolitana de São Paulo, e do Paraná.
A montagem dele foi iniciada ainda neste domingo. Os próximos passos serão a pulverização e a ativação do carvão.