Secretario estadual de Saúde, Edmar Santos, acredita que haja cerca de 800 casos suspeitosRicardo Cassiano / Agência O DIA
Por O Dia
Publicado 18/03/2020 12:39 | Atualizado 18/03/2020 12:56
Rio - A Secretaria estadual de Saúde informou, no início da tarde desta quarta-feira, que os casos confirmados de pessoas infectadas pelo novo coronavírus (Covid-19) no Rio saltaram de 33 para 49 de ontem para hoje. Dos 16 novos casos, 11 são da capital e quatro de Niterói. O município da Região Metropolitana já investigava a possibilidade de vários novos infectados pela doença. Até então, Niterói só tinha um caso.
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A outra vítima fora da capital é uma mulher de 28 anos de Barra Mansa, no Sul Fluminense. Conforme O DIA noticiou hoje, ela liberada do isolamento domiciliar ontem e, desde então, sofre preconceito nas ruas por ter sido contaminada
Dos outros casos, a Secretaria de Saúde disse que um dos pacientes está internado em estado grave, um médico de 65 anos que está em um hospital particular da Zona Norte do Rio. Os outros 47 estão em isolamento domiciliar com o quadro de saúde estável.
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Sobre os casos suspeitos, o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, avisou que o governo do estado estima que o número varie de 800 a 900.
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"A gente está com uma dificuldade dos casos suspeitos. Toda essa informação, da nossa Secretaria estadual de Vigilância, das secretarias de Vigilância dos municípios e dos próprios hospitais, converge para uma plataforma do Ministério da Saúde, que está tendo dificuldades de funcionamento desde sexta-era", o secretário disse, à TV Globo.
Plano de contingência
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No mês passado, a pasta elaborou e definiu um plano de contingência para enfrentar uma possível epidemia do coronavírus no Rio. O plano tem a intenção de sistematizar ações e procedimentos de responsabilidade do governo estadual. Os níveis de acionamento (zero, um, dois e três) foram organizados de acordo com parâmetros epidemiológicos, como números de casos.

O primeiro objetivo estratégico do plano de contingência é intensificar medidas de segurança para conter a transmissão de uma pessoa para outra, incluindo as infecções secundárias entre pessoas próximas e profissionais de saúde.
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Caso uma pessoa apresente sintomas e sinais de doenças respiratórias, ela será identificada imediatamente, isolada e atendida da forma como preconizam a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde.
Os níveis de acionamento
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. Nível Zero: Casos importados notificados ou confirmados

. Nível 1: Transmissão local

. Nível 2: Transmissão comunitária, que ativará outros leitos para assistência de casos graves

. Nível 3: Quando as ações e atividades orientadas para serem realizadas no nível 2 forem insuficientes como medidas de controle e para a organização da rede de atenção na resposta. Caso o surto chegue a esse nível, além de todas as unidades citadas anteriormente, será criado um hospital de campanha e as Forças Armadas serão acionadas. Haverá ainda a utilização de leitos em unidades especializadas, com a suspensão de cirurgias eletivas.
Medidas de prevenção
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. Proteger nariz e boca ao espirrar ou tossir
. Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres e copos
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. Lavar frequentemente as mãos, especialmente após espirrar ou tossir
. Utilizar álcool em gel nas mãos