Marcas de tiro pela casa do estudanteReprodução / Facebook
Por O Dia
Publicado 20/05/2020 07:16 | Atualizado 20/05/2020 07:33
Rio - O líder comunitário Tchetcheco Trindade fez, na noite desta terça-feira, um vídeo mostrando como ficou a casa do estudante João Pedro Matos Pinto, de 14 anos, que morreu depois de ter sido baleado durante uma operação das polícias Civil e Federal. A ação policial aconteceu na tarde de segunda no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do estado.
Familiares contaram ao DIA que depois de ter sido baleado na barriga, João Pedro foi colocado em um helicóptero da Polícia Civil. A família ficou sem informações dele até a manhã de ontem, quando soube que seu corpo estava no IML de Tribobó. O Corpo de Bombeiros disse que o jovem foi deixado sem vida no Grupamento de Operações Aéreas (GOA) da Lagoa, na Zona Sul da capital.
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Nas imagens feitas nesta terça, Tchetcheco mostra várias marcas de tiros em uma das janelas da casa. Ao entrar na residência, ele aponta para outras perfurações de bala na televisão e nas paredes da casa.
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"É muito tiro. Essa família está acabada, destruída. A Ilha de Itaoca está destruída. A dor de uma mãe é a dor de todos nós. Por favor, nos ajude! Isso não pode ficar impune. Essas operações dentro da comunidade não podem ficar impunes. Os nossos jovens, as nossas crianças. Aqui moram pessoas de bem. Isso aqui é uma casa de uma família de bem", lamentou a presidente da Associação de Moradores de ItaocaJack Silva.
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João Pedro foi enterrado na tarde de ontem, sob forte protesto com pedidos de justiça. O governador Wilson Witzel (PSC) foi cobrado para dar uma resposta à ação que terminou com a morte do jovem.
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À noite, o governador disse, pelo Twitter, que lamenta "profundamente" a morte de João Pedro, afirmando que a operação "precisa ser apurada".