Publicado 09/07/2020 20:09 | Atualizado 09/07/2020 20:29
Rio - A Prefeitura do Rio vai entrar com queixa-crime contra o casal que desacatou e constrangeu, no último sábado, um fiscal da Vigilância Sanitária durante uma operação na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
Nas imagens, gravadas na Avenida Olegário Maciel, e exibida no Fantástico, no domingo, a mulher aparece rebatendo uma fala do fiscal, que se dirigiu ao marido, o engenheiro Leonardo Santos Neves de Barros, como "cidadão". "Cidadão não, engenheiro civil. Melhor do que você", ela disparou, na ocasião. O agente estava no local para fiscalizar irregularidades em bares e restaurantes da região. Após a veiculação da reportagem, a entrevista rapidamente viralizou e gerou revolta de internautas nas redes sociais.
O subsecretário-executivo da Secretaria Municipal de Saúde, Jorge Darze, afirmou que a iniciativa da Prefeitura tem o objetivo de dar exemplo a quem desrespeitar as medidas sanitárias determinadas pela Prefeitura, visando à proteção da população contra a propagação da covid-19.
O subsecretário-executivo da Secretaria Municipal de Saúde, Jorge Darze, afirmou que a iniciativa da Prefeitura tem o objetivo de dar exemplo a quem desrespeitar as medidas sanitárias determinadas pela Prefeitura, visando à proteção da população contra a propagação da covid-19.
Nesta quinta-feira, a mulher afirmou em entrevista ao portal G1, que "foi mal interpretada". Nívea Valle Del Maestro ainda contou que ela e o marido vem sofrendo ameaças após a repercussão do episódio.
"Não é arrependimento. Hoje posso reconhecer minha alteração de voz e meu tom foi mal interpretado. Se a gente se arrepende de alguma coisa é de ter saído de casa", disse a mulher.
"Não é arrependimento. Hoje posso reconhecer minha alteração de voz e meu tom foi mal interpretado. Se a gente se arrepende de alguma coisa é de ter saído de casa", disse a mulher.
Nívea disse que entendeu o termo “cidadão” como algo pejorativo e que sua intenção ao rebater não era humilhar o agente público. “Senti aquilo de uma forma agressiva. Naquele momento, eu interferi e disse que ele era um engenheiro civil formado. Quando disse ‘melhor do que você’, quis dizer que ele sabe o que fazer aqui e fiscal, não. Ele não dava provas técnicas do que estava fazendo. O que eu quis naquele momento foi, de forma alguma, humilhar aquela pessoa.”
De acordo com a mulher, a frase ficou fora do contexto e não houve intenção de desacato. "Minha frase ficou descontextualizada. Sei que tenho tom de voz alta, tenho sangue italiano, e às vezes se torna agressivo no calor da emoção. Mas em momento algum eu desacatei ou quis diminuir o rapaz", disse Nívea ao portal.
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