Flordelis sempre se disse vítima da tragédiaLuciano Belford / Agência O DIA (Arquivo)
Por O Dia
Publicado 26/08/2020 18:24 | Atualizado 26/08/2020 18:24
Rio - O deputado Léo Motta (PSL-MG) encaminhou à presidência da Câmara dos Deputados uma representação para que seja encaminhado ao Conselho de Ética o pedido de perda de mandato da deputada Flordelis (PSD-RJ) por quebra de decoro parlamentar. Flordelis foi indiciada como mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson Gomes, em junho do ano passado.
"Encaminhei ontem à presidência da Câmara dos Deputados representação com vistas à perda de mandato da deputada Flordelis. A razão é muito simples: os indícios apresentados no inquérito que levaram à denúncia são robustos e incompatíveis com o exercício da função", diz o parlamentar no comunicado.
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O crime
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O pastor Anderson do Carmo morreu na madrugada do dia 16 de junho do ano passado, quando havia acabado de chegar com a esposa, em Pendotiba, Niterói. Ele foi alvo de vários tiros, na garagem da residência. O laudo da necrópsia apontou que o corpo do líder religioso tinha 30 perfurações de bala.
Na ocasião, Flordelis afirmou que o marido tinha sido morto durante um assalto. Ela disse que os dois estavam sendo seguidos por suspeitos em uma moto quando voltavam para casa.
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Dois filhos do casal, Flávio dos Santos Rodrigues, 38, filho biológico da deputada, e Lucas Cézar dos Santos de Souza, 18, adotado por ambos, vão ser julgados como executores do crime. Eles estão presos desde a época do assassinato.
"Flordelis é responsabilizada por arquitetar o homicídio, arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio. A deputada também financiou a compra da arma e avisou da chegada da vítima no local em que foi executada, segundo a denúncia", afirma o MPRJ.