Publicado 28/08/2020 12:36 | Atualizado 28/08/2020 13:18
Rio - O ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Lucas Tristão se apresentou nesta sexta-feira para ser preso na sede da Polícia Federal no Rio. Tristão é um dos alvos de mandado de prisão cumpridos nesta sexta-feira por uma operação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Receita Federal, que afastou o governador Wilson Witzel do cargo.
Ele não havia sido encontrado em sua casa, na Barra da Tijuca, no início da manhã. Vizinhos disseram que ele não mora mais no local há pelo menos três meses.
Tristão era homem forte do governador Wilson Witzel, mas foi exonerado em junho, depois que desencadeou uma crise entre o governo e a Assembleia Legislativa do Rio. Segundo denúncias encaminhadas ao MPF, ele teria plantado escutas ilegais para espionar os parlamentares, o que resultou em um dossiê de cada um deles. O então secretário negou as acusações.
O ex-secretário se envolveu em outra polêmica em abril, ao almoçar com o investigado pelo MPF, Mário Peixoto e com o filho Vinícius Peixoto. Os dois foram presos no dia 14 de maio na Operação Favorito. Segundo a investigação, Mário seria dono oculto de empresas que possuem contratos milionários sob suspeita com o governo fluminense. Tristão foi advogado de uma dessas empresas e do próprio Mário Peixoto. Também já foi sócio do governador Witzel em um escritório de advocacia. Na ocasião, Witzel disse que "não é fiscal da vida pessoal de secretário".
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