Publicado 06/09/2020 18:51 | Atualizado 07/06/2021 20:51
Rio - A defesa do violoncelista Luiz Carlos Justino, solto neste domingo, em São Gonçalo, estuda os próximos passos no processo. "A gente cumpriu uma etapa importante que é a questão da decisão liminar que revoga a prisão preventiva dele", afirma Renan Gomes, da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OAB-RJ, e um dos advogados do caso.
Para a defesa, por mais que a https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2020/09/5984209-justica-manda-soltar-violoncelista-preso-por-engano-em-niteroi.html#foto=1, ela acabou sendo encarada como uma conquista. "A prisão domiciliar é um espaço de conforto para ele e a família em relação à injustiça que ele vem sofrendo", destaca Gomes.
O advogado ressalta os próximos passos da equipe para demonstrar a inocência dele e pedir o arquivamento do processo.
"Nunca imaginei ser preso um dia por alguma coisa que não fiz", desabafa Justino. O jovem teria sido preso por engano no último dia 3, em uma blitz no Centro de Niterói, acusado de ter cometido um assalto em 2017.
Uma onda de comoção tomou as redes sociais e até um abaixo assinado foi criado pedindo a soltura do jovem. Membro da Orquestra de Cordas da Grota, o violoncelista conta como foram os três dias que passou na cadeia. "Fiquei numa cela com mais de 80 pessoas e nos serviram comida estragada", lembra ele, visivelmente abatido.
"Fiquei com muito medo. Aquilo não é lugar para ninguém. Quero agradecer a Deus e a todos que se mobilizaram a me ajudar nesse processo, contra a injustiça", acrescenta ele.
LIVE ESPECIAL
Lenora Mendes, professora de Luiz Carlos, conta que a Orquestra de Cordas da Grota planeja uma ação celebrando a saída dele da prisão. "Nós estamos planejando uma live. Vou ver a data direitinho e aviso".
A professora destaca que estão todos confiantes na liberdade definitiva de Luiz. "Vamos ficar do lado dele até isso tudo acabar."
Orquestra prepara live comemorativa
Outra família cobra justiça
Outra família acusa a polícia de prender um inocente: a de Danillo Felix de Oliveira. Segundo sua companheira, Beatriz Faria, ele foi levado para a delegacia em 6 de agosto, preso por policiais à paisana em um carro descaracterizado. A família afirma ainda que houve falha no reconhecimento dele.
"Chegaram algemando e levando o Danillo para a delegacia, acusado de roubo à mão armada baseada na palavra da vítima, que disse que o autor do crime era pardo e tinha aproximadamente 20 anos. Danillo é negro retinto."
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