Publicado 12/12/2020 09:56 | Atualizado 12/12/2020 14:39
Rio - No depoimento que prestou nesta sexta-feira, na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), a mãe da menina Rebeca Beatriz disse que viu um disparo saindo da viatura da PM momentos antes da filha ser baleada. Rebeca, de 7 anos, e a prima, Emily Victoria, 4, foram mortas vítimas de bala perdida no último dia 4, quando estavam brincando na rua, na comunidade Barro Vermelho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
De acordo com a TV Globo, no depoimento à polícia, a mãe disse que estava perto de Rebeca, quando viu um clarão dentro do carro da Polícia Militar, ouviu os tiros e correu até a filha. Ela informou que a viatura passava pela esquina da Avenida Gomes Freire com a Rua Bina, onde as crianças foram atingidas.
As duas famílias vêm sustentando que o disparo que atingiu as meninas veio de fora da comunidade. No entanto, a PM garante que não houve confronto com traficantes locais no momento do crime e ressalta que a bala que atingiu as meninas não partiu dos policiais.
Segundo o pai de Rebeca, a esposa está muito abalada desde a morte da filha. Ele disse que ela "está sendo acompanhada por psicólogo".
NECROPSIA
O exame de necropsia realizado no corpo das crianças revelou que Rebeca teve o coração e o fígado atingidos e que a causa da morte dela foi a "transfixação" desses órgãos. Ainda segundo o exame, a menina foi baleada na "região torácica esquerda". A perícia encontrou um fragmento de bala alojado em seu fígado. O projétil foi retirado para confronto balístico.
No caso de Emily, o exame revelou que ela foi atingida na cabeça, sendo apontada como a causa da morte a "ferida transfixante do encéfalo". O laudo indicou ainda que o tiro que a atingiu entrou pela "região frontal direita" de seu corpo.
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