Claudio Leite da SilvaReprodução/TV Globo
Por O Dia
Publicado 13/01/2021 09:49 | Atualizado 13/01/2021 09:59
Rio - Amigos de Cláudio Leite da Silva, de 57 anos, que morreu atropelado na segunda-feira, no Recreio dos Bandeirantes, estão organizando para este sábado um ato em homenagem a ele e a todos os ciclistas e pedestres que tiveram suas vidas interrompidas por causa da violência no trânsito.
A concentração para a 'Pedalada da Paz' está marcada para às 8h na Praça Tim Maia, no Recreio, de onde os ciclistas vão seguir em direção a Avenida Lúcio Costa, altura do posto 10, onde Cláudio foi atropelado e morto por um capitão do Corpo de Bombeiros. O acidente aconteceu no mesmo local onde um casal de professores foram atropelados e mortos pelo jogador de futebol Marcinho.
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No local, eles farão um minuto de silêncio em homenagem as pessoas que perderam suas vidas no trânsito do Rio de Janeiro. O objetivo do movimento é chamar a atenção dos órgãos públicos para que deem mais segurança aos ciclistas da cidade.
O ato contará com o apoio do CET-Rio, Guarda Municipal e a Polícia Militar do Estado do Rio.
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Os organizadores do evento pedem que os ciclistas sigam todas as orientações dos órgãos públicos no sábado para que não atrapalhem o trânsito e usem máscaras durante todo o percurso.
Cláudio Leite morreu a 200 metros de sua casa, na altura do posto 10. A família espera que a justiça seja feita. "É ruim de aceitar. Era um cara pra dar exemplo (referindo-se a João Maurício Correia Passos, preso por atropelar Cláudio), um capitão dos bombeiros, uma corporação tão séria. Só queremos justiça", desabafou Rogério.
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Indiciado por atropelamento

Testemunhas disseram que João Maurício Correia Passos, de 36 anos, estava em alta velocidade quando atropelou o ciclista Cláudio Leite da Silva, que morreu na hora. O oficial ainda tentou fugir do local do atropelamento.

Na tarde de segunda-feira, a 42ª DP (Recreio), que investiga o caso, indiciou o oficial dos Bombeiros por homicídio com dolo eventual (assumindo o risco de matar), fuga do local e embriaguez ao volante.

A polícia analisou vídeos gravados em um posto de gasolina, onde o capitão parou e bebeu antes do acidente. Em um deles, João Maurício aparece comprando cerveja na loja de conveniência.

Em outro momento, ele conversa com um homem e dança, aparentemente alcoolizado. A imagem mostra ele com duas garrafas de bebida.

Segundo os investigadores, a cena foi cerca de uma hora antes do atropelamento. Dentro do carro a polícia encontrou uma garrafa de uísque.
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