Publicado 05/02/2021 15:10 | Atualizado 06/02/2021 00:32
Rio - O Secretário da Cultura e Turismo de Queimados, Rômulo Ferreira Sales, vai comparecer à 55ª DP (Queimados) para prestar depoimento sobre a suposta instalação irregular do Circo Babilônia no Parque Olímpico de Pacaembu, nesta sexta-feira (05/02), às 15h. O circo, que seria inaugurado na cidade nesta quinta-feira, foi interditado por fiscais do município após inspeção realizada por vereadores.
O empreendimento - que não possui alvará de funcionamento - está localizado em uma área irregular e, conforme os parlamentares, o prédio público próximo ao local teve a energia furtada. O proprietário do estabelecimento, Alexander Braz, confirmou não possuir o alvará de funcionamento, mas negou as acusações de furto de energia e afirmou ter recebido autorização da prefeitura para realizar as suas atividades. Procurada, a prefeitura não se manifestou sobre o caso.
O DIA teve acesso a um vídeo que mostra as instalações elétricas do Circo Babilônia ligadas a postes da região. Uma perícia foi instaurada para realizar a verificação da integridade das aparelhagens e avaliar se houve irregularidades.
O empreendimento - que não possui alvará de funcionamento - está localizado em uma área irregular e, conforme os parlamentares, o prédio público próximo ao local teve a energia furtada. O proprietário do estabelecimento, Alexander Braz, confirmou não possuir o alvará de funcionamento, mas negou as acusações de furto de energia e afirmou ter recebido autorização da prefeitura para realizar as suas atividades. Procurada, a prefeitura não se manifestou sobre o caso.
O DIA teve acesso a um vídeo que mostra as instalações elétricas do Circo Babilônia ligadas a postes da região. Uma perícia foi instaurada para realizar a verificação da integridade das aparelhagens e avaliar se houve irregularidades.
O vereador Lucio Mauro (PSL) recebeu denúncias pelas redes sociais a respeito da instalação com irregularidades e afirmou que convocou os outros vereadores para verificar a situação. "Constatamos algumas irregularidades, como a ocorrência do artigo 165 do código de postura local. Nele, diz que devem ser observados na instalação de circos e parques a distância de 200 metros, no mínimo, de hospitais e prédios públicos. Mas há um prédio público próximo ao empreendimento", afirmou o parlamentar.
O vereador Tuninho Vira Virou (PP) - que participou da inspeção no Circo Babilônia - mencionou que a Vila Olímpica estava com as atividades restringidas por meio de um decreto, por conta da covid-19, e comentou sobre o desvio de energia. "As pessoas nos procuraram com reclamações de que o circo estaria causando danos ao gramado sintético do local. Então realizamos a inspeção e constatamos um suposto desvio de energia elétrica. O dono do empreendimento comunicou que tinha autorização para desviar uma luz que alimentava a Vila Olímpica", disse.
O outro lado
O proprietário do Circo Babilônia, Alexander Braz, afirmou ter sido convidado pelo Secretário de Cultura e Turismo, Rômulo Ferreira, que solicitou os serviços em contrapartida aos valores que a empresa recebeu por meio da lei Aldir Blanc.
"O Circo Babilônia foi um dos premiados do edital 'Juntos Pelo Circo' através da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio, no valor de R$ 60 mil. Assim sendo, recebemos o convite para ir ao município de Queimados com o propósito de entregar a nossa contrapartida após receber o benefício do edital", afirmou o empresário.
Alexander negou que tenha furtado energia elétrica da Vila Olímpica para alimentar as instalações do Circo Babilônia. Ele disse que estava previsto – após negociação com a prefeitura - a utilização do espaço pela empresa, com uso da água e fornecimento da energia elétrica, sendo registrado o uso pelo relógio que monitora a passagem de consumo.
"A energia onde ocorre o espetáculo do circo é fornecida através de um gerador próprio, isso foi constatado pela Light nesta quinta-feira (04/02). A corrente elétrica que estava sendo utilizada pelo relógio era direcionada para as caravanas dos artistas e funcionários. Foi feita a perícia no local e não consta furto de eletricidade, pois a energia está passando pelo relógio e não fora dele", afirmou Alexander.
Questionado sobre o Circo Babilônia não possuir o alvará de funcionamento, ele salientou que a emissão do documento segue uma série de ritos administrativos, e que a empresa ainda estava se instalando no local, mas que só atenderia ao público após ter em mãos todas as documentações e autorizações necessárias.
"Para ter um alvará de funcionamento, é necessário que a empresa passe por todo um trâmite burocrático. Primeiro, precisamos realizar procedimentos com a polícia civil, militar, defesa civil e por último, nós somos autorizados pelos bombeiros após vistoria no local do evento. Levantando toda essa documentação, é possível emitir este alvará", disse Alexander.
A Polícia Civil disse, em nota, que instaurou um inquérito para apurar os fatos. As investigações seguem em andamento e todos os envolvidos serão ouvidos, também foi solicitado uma perícia no local. Procurada, a prefeitura de Queimados não se manifestou sobre o caso.
O vereador Tuninho Vira Virou (PP) - que participou da inspeção no Circo Babilônia - mencionou que a Vila Olímpica estava com as atividades restringidas por meio de um decreto, por conta da covid-19, e comentou sobre o desvio de energia. "As pessoas nos procuraram com reclamações de que o circo estaria causando danos ao gramado sintético do local. Então realizamos a inspeção e constatamos um suposto desvio de energia elétrica. O dono do empreendimento comunicou que tinha autorização para desviar uma luz que alimentava a Vila Olímpica", disse.
O outro lado
O proprietário do Circo Babilônia, Alexander Braz, afirmou ter sido convidado pelo Secretário de Cultura e Turismo, Rômulo Ferreira, que solicitou os serviços em contrapartida aos valores que a empresa recebeu por meio da lei Aldir Blanc.
"O Circo Babilônia foi um dos premiados do edital 'Juntos Pelo Circo' através da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio, no valor de R$ 60 mil. Assim sendo, recebemos o convite para ir ao município de Queimados com o propósito de entregar a nossa contrapartida após receber o benefício do edital", afirmou o empresário.
Alexander negou que tenha furtado energia elétrica da Vila Olímpica para alimentar as instalações do Circo Babilônia. Ele disse que estava previsto – após negociação com a prefeitura - a utilização do espaço pela empresa, com uso da água e fornecimento da energia elétrica, sendo registrado o uso pelo relógio que monitora a passagem de consumo.
"A energia onde ocorre o espetáculo do circo é fornecida através de um gerador próprio, isso foi constatado pela Light nesta quinta-feira (04/02). A corrente elétrica que estava sendo utilizada pelo relógio era direcionada para as caravanas dos artistas e funcionários. Foi feita a perícia no local e não consta furto de eletricidade, pois a energia está passando pelo relógio e não fora dele", afirmou Alexander.
Questionado sobre o Circo Babilônia não possuir o alvará de funcionamento, ele salientou que a emissão do documento segue uma série de ritos administrativos, e que a empresa ainda estava se instalando no local, mas que só atenderia ao público após ter em mãos todas as documentações e autorizações necessárias.
"Para ter um alvará de funcionamento, é necessário que a empresa passe por todo um trâmite burocrático. Primeiro, precisamos realizar procedimentos com a polícia civil, militar, defesa civil e por último, nós somos autorizados pelos bombeiros após vistoria no local do evento. Levantando toda essa documentação, é possível emitir este alvará", disse Alexander.
A Polícia Civil disse, em nota, que instaurou um inquérito para apurar os fatos. As investigações seguem em andamento e todos os envolvidos serão ouvidos, também foi solicitado uma perícia no local. Procurada, a prefeitura de Queimados não se manifestou sobre o caso.
Leia mais
Comentários