Publicado 25/02/2021 19:40
Rio - Três milicianos acusados de envolvimento na morte do agente da PolÃcia Federal Ronaldo Heeren e na tentativa de homicÃdio do agente PlÃnio Ricciardi vão a julgamento popular. De acordo com a decisão do juiz Carlos Adriano Mirando Bandeira, há dúvidas entre as versões apresentadas pela defesa e pela acusação de Dejavan Esteves dos Santos, o Armeiro, Wenderson Eduardo Rodrigues Francisco, o Cara de Vaca, e Leandro Pereira da Silva, o Léo do Rodo.
"No momento processual atual, o juiz togado não busca a certeza exigida para as condenações, apenas exercendo juÃzo de admissibilidade quanto ao encaminhamento do processo ao Tribunal Popular do Júri. Havendo dúvidas razoáveis quanto à s linhas de argumentação traçadas entre acusação e defesa, devem, por ordem constitucional, ser resolvidas pelo Tribunal do Júri", argumentou o magistrado.Â
O Ministério Público do Rio de Janeiro acusa Dejavan e Wenderson de fazerem parte do grupo criminoso Liga da Justiça, liderado por Wellington da Silva Braga, o Ecko. Já Leandro foi acusado por fraude processual, a modificação do local de um crime.Â
Em fevereiro de 2020, Dejavan e Wenderson mataram o policial federal Ronaldo Heeren, na Favela do Rola, em Santa Cruz, com um tiro na cabeça. O agente estava em uma viatura descaracterizada com o também policial federal PlÃnio Ricciardi, que conseguiu sobreviver ao ataque. Os acusados acreditavam que os policiais federais faziam parte da facção criminosa que dominava a comunidade. Ricciardi conseguiu escapar dos bandidos ao se esconder em uma casa da região para esperar o socorro.Â
Após o crime, Leandro determinou que seus subordinados alterassem a cena do crime para prejudicar as investigações. O miliciano ordenou que pichassem a viatura da PF e muros vizinhos ao local do crime com as iniciais da facção criminosa, para parecer que o ataque teria sido de autoria do grupo.Â
Os três também vão responder por organização criminosa. O juiz manteve a prisão preventiva dos acusados.Â
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