Publicado 29/03/2021 13:22
Rio - Uma morte que ainda é um mistério para a Polícia Civil do Rio. De um lado, a revolta de um pai que luta por justiça e quer respostas. Do outro, um casal que afirma não ter relação com o caso e que apenas socorreu a criança no momento de desespero. Imagens obtidas pelo delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), mostram os últimos momentos do pequeno Henry Borel, de 8 anos, ao lado da mãe, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva. Horas depois, ela e o namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), socorrem o menino e o levam para o Hospital Barra D'Or, na Zona Oeste.
Em depoimento à polícia, Monique disse que precisou sair de casa com o filho porque ele chorava muito e chegou a vomitar. O menino tinha passado o fim de semana com o pai, o engenheiro Leniel Borel, mas não queria voltar para a casa da mãe e do namorado. O vídeo foi divulgado neste domingo pelo Fantástico, da Tv Globo.
O registro do vídeo mostra Monique retornando e Dr Jairinho indo ao seu encontro. Logo depois eles entram no elevador do prédio e retornam para o apartamento.
O parlamentar disse ao delegado que saiu de casa porque estava preocupado com a mulher e a criança e foi ver o que estava acontecendo.
Na semana passada, mais de 15 pessoas prestaram depoimento na delegacia da Barra, entre elas duas ex-namoradas de Jairinho. Uma delas, uma mulher que fez contato com o pai do pequeno Henry através das redes sociais, revelou que o político já tinha agredido ela e a filha, há cerca de oito anos.
Por conta da denúncia, a Polícia Civil abriu dois novos inquéritos para apurar os fatos. um deles foi registrado na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav).
O vereador nega ter cometido agressões contra as ex-mulheres e contra crianças. E a defesa afirma que Jairinho tinha uma relação de carinho e respeito com Henry.
Apesar da declaração do político, existe um registro de ocorrência de 2014, feito por Ana Carolina Ferreira Neto, ex-mulher dele, por violência contra ela.
O laudo pericial aponta que Henry Borel morreu por complicações de uma hemorragia provocada pelo rompimento do fígado. Peritos revelaram à polícia que a crianças apresentava hematomas no punho e abdome, além de uma escoriação no nariz.
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