Cristiane Brasil Reprodução de vídeo
Por O Dia
Publicado 31/03/2021 21:40 | Atualizado 01/04/2021 16:05
Rio - Novos trechos do depoimento do empresário Bruno Campos Selém, preso em 2019 na primeira fase da Operação Catarata, revelaram que o ex-secretário estadual Pedro Fernandes e a ex-deputada Cristiane Brasil estavam envolvidos no esquema de corrupção que desviava verbas de contratos de assistência social no estado do Rio e na capital. As informações foram obtidas pela GloboNews. 
"Ah Bruno, saca R$ 30 mil, R$ 40 mil, não sei quem vai passar aí pra pegar. Fulano vai aí pra buscar os R$ 30 mil", disse Selém durante o depoimento. 
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O delator também afirma que o Projeto Novo Olhar, que oferecia consultas oftalmológicas e distribuição de óculos para população de baixa renda, era superfaturado. "Sobrava bastante dinheiro para pagamento de propina", relatou Bruno.
Na mesma operação que prendeu Selém, também foi preso o empresário Flávio Chadud, dono da Servlog, onde Bruno trabalhou. A empresa teve contratos milionários com a Prefeitura do Rio e o Governo do Estado.
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Prisões
O secretário Estadual de Educação, Pedro Fernandes, foi preso no dia 11 de setembro de 2020 no condomínio Península, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. No mesmo dia, Cristiane Brasil, que também teve um mandado de prisão expedido, se entregou à polícia.
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As investigações tiveram início no ano de 2019, na Controladoria Geral do Estado-CGE, que detectou a ocorrência de fraudes em quatro Pregões Eletrônicos, ocorridos nos anos de 2015, 2016, 2017 e 2018 na Fundação Estadual Leão XIII, vencidos fraudulentamente pela Servlog Rio para execução do projeto social assistencial "Novo Olhar", visando oferecer consultas oftalmológicas e distribuição de óculos para população de baixa renda.
No dia 30 de julho de 2019 foi deflagrada a 1ª fase da Operação Catarata, em que foram cumpridos diversos mandados judiciais de busca e apreensão e de prisão temporária.
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Segundo os investigadores, a organização criminosa era composta por três núcleos: empresarial, político e administrativo, atuando para que fossem direcionadas licitações no município do Rio e no Estado do Rio visando a contratação fraudulenta das empresas Servlog Rio e RIO MIX 10.
A defesa de Pedro Fernandes informou ao DIA que "se trata de uma delação sem provas e sem consistência. O delator diz que ouviu dizer. A prisão do ex-secretário Pedro Fernandes foi anulada por unanimidade pelos desembargadores. Mesmo após vários pedidos, até hoje Pedro ainda não foi ouvido e nem foi aberto o prazo para apresentação da defesa. Pedro Fernandes não tem dúvidas de que assim que tiver a oportunidade de apresentar as provas, tudo será esclarecido e todos verão que as autoridades foram induzidas ao erro".
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