Reginaldo Gonçalves SilvaArquivo pessoal
Por O Dia
Publicado 16/04/2021 14:44
Rio - Tudo corria bem para Reginaldo Gonçalves Silva, 51 anos, comemorar mais um ano de vida. Não havia nenhuma festa programada mas, provavelmente, no almoço de Páscoa, comemorado no ultimo dia 4, ele teria a oportunidade de agradecer a Deus por mais um ano de vida. No entanto, dois dias antes de completar 52 anos, uma tragédia matou Reginaldo e deixou a família em pedaços. 
Como fazia todos os dias, Reginaldo acordou antes das 4h e seguiu de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, para trabalhar no setor de laticínios em uma rede de supermercados na Ilha do Governador. Depois de ter trabalhado meio expediente, decidiu sentar e descansar com os colegas ao lado do mercado, na hora do almoço. Por volta das 15h, um carro desgovernado invadiu a calçada da Rua Capitão Barbosa, no Cocotá, e acertou o homem. Ele não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo no local. 
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Testemunhas relataram à polícia que duas mulheres estavam dentro do Honda Civic que atingiu Reginaldo e apresentavam sinais de embriaguez. Uma deles ainda quebrou o braço no acidente e precisou ser levada ao hospital. 
Na 37ªDP (Ilha do Governador), o caso foi registrado como homicídio culposo - quando não há a intenção de matar - provocado por um atropelamento. Segundo familiares, a autora do crime saiu pela porta da frente da delegacia sem punição pela morte do tio. No entanto, o inquérito está na  21ª DP (Higienópolis).
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"A família quer respostas sobre esse caso. Queremos entender porque um caso que aconteceu na Ilha não está sendo investigado pela delegacia de lá. Uma pessoa não pode dirigir pela ruas e matando as pessoas. Ela estava visivelmente alcoolizada. Tem que responder pelos seus atos", reclamou a sobrinha. 
A enteada de Reginaldo, Adriana, desabafa que a família não consegue aceitar a forma que o "papito" (apelido dado por ela à vítima) foi tirado dos braços da família. 
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"Todos nós queremos justiça. Queremos saber porque a polícia ainda não fez nada em cima desse caso. Essa mulher deveria estar presa. Ela tirou a vida de um homem trabalhador. Uma pessoa muito querida pela família. Ele podia não ser meu pai de sangue, mas era de coração. Esse era o carinho que tínhamos um pelo outro", desabafa a moça. 
O QUE DIZEM OS ÓRGÃOS 
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Segundo a Polícia Militar, PMs do batalhão da Ilha do Governador foram acionados para uma ocorrência de acidente de trânsito por voltas das 15h10. No local, identificaram que se tratava de um atropelamento e que o veículo envolvido estava sob o corpo da vítima. 
Uma ambulância do Corpo de Bombeiros foi acionada para o socorro dos feridos que foram levados para um hospital da região. 
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A Polícia Civil foi procurada, mas até a postagem da matéria não havia respondido. O espaço segue aberto para pronunciamento. 
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