Publicado 29/04/2021 17:19
Rio - O vereador do Rio de Janeiro Paulo Pinheiro (Psol) cobra do Secretário Municipal de Educação, Renan Ferreirinha, explicações sobre o anúncio considerado tardio de distribuição aos profissionais de Educação de máscaras do tipo PFF2, também conhecidas como N95, consideradas melhores para prevenir a transmissão do vírus.
Paulo Pinheiro lembra que em setembro do ano passado a gestão Crivella havia anunciado a compra de máscaras para mais de 70 mil profissionais de Educação e questiona que o retorno ao ensino presencial tenha sido realizado sem o equipamento de proteção individual.
"Queremos conversar com ele, estamos tentando marcar uma reunião. Já que ele está reabrindo as escolas, queremos saber como está lidando no dia a dia. Desde o tempo de Crivella, em setembro do ano passado, eles já estavam encaminhando compra das máscaras. Estou vendo que o problema não foi resolvido na época, nem agora", argumenta Pinheiro.
Membro da Comissão de Educação da Câmara Municipal, o vereador Tarcísio Motta (Psol) diz que o anúncio tardio de distribuição de máscaras é sinal de falta de planejamento no processo de retomada do ensino presencial.
"A gente tem cobrado desde o ano passado o planejamento para no momento em que as escolas começassem a receber alunos, que os profissionais da Educação tivessem os EPIs corretos. O fato do secretário ter informado isso apenas ontem é a prova de que fizeram o processo de reabertura sem planejamento: sem EPIs, sem reforma nas escolas. Estamos abrindo cada vez mais escolas e isso coloca a vida das pessoas em risco", afirma.
Tarcísio Motta informou que na reunião da Comissão de Educação da próxima segunda-feira vai cobrar que o secretário de Educação seja chamado à Câmara para esclarecer elementos do retorno ao ensino presencial.
No Dia Mundial da Educação (28/04), o secretário Renan Ferreirinha prometeu a entrega de cinco máscaras PFF2 por profissional da rede municipal de Educação nas próximas semanas. "É parte da nossa preocupação contínua com a segurança dos nossos profissionais", escreveu em sua conta no Instagram.
O Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe) diz que os profissionais de Educação estavam trabalhando com EPIs próprios e que a categoria não foi comunicada sobre o fornecimento das máscaras. "No início, chegou a ser distribuída uma quantidade de EPIs, mas que não deu conta nem das escolas que abriram de início. Agora, com tantas escolas reabertas não chegou mais nada", conta Duda Quiroga, coordenadora do Sepe.
Em requerimento, o gabinete do vereador Paulo Pinheiro questiona como a Prefeitura justifica o retorno às aulas antes da efetiva distribuição de máscaras tipo PFF2 para os profissionais. O parlamentar também pede detalhes das compras das máscaras, como quantidade, cronograma de entrega, valor, empresa fornecedora, entre outras informações. O requerimento também cobra informações sobre a compra do ano passado, realizada pela gestão de Marcelo Crivella na Prefeitura do Rio.
A Secretaria Municipal de Educação afirma que trata-se de nova distribuição de máscaras para os profissionais de educação da Rede Municipal de Ensino. "A SME já tinha distribuído máscaras para todos os alunos e profissionais em atividade presencial nas unidades escolares", diz em nota. A pasta não informou quando começará a distribuição das máscaras.
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