Publicado 15/05/2021 11:34 | Atualizado 15/05/2021 13:25
Rio - O corpo do ex-deputado estadual Jorge Picciani é velado desde as 8h desta sábado, no Palácio Tiradentes, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no Centro do Rio. Ele será sepultado às 11h30 deste sábado (15) no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. O sepultamento será restrito à família. Picciani morreu na sexta-feira (14), aos 66 anos. Ele estava internado desde o dia 8 de maio no Hospital Vila Nova Star, da Rede D'Or, na capital paulista para tratar um câncer na bexiga.
A cerimônia contou com a presença de familiares e amigos. O prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM) e o governador Cláudio Castro (PSC) também estiveram presentes. "Picciani deixou seu legado, participou de muitas transformações que nosso Estado teve e o Rio de Janeiro perde um grande político", falou Castro.
O prefeito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Washington Reis (MDB) também esteve presente. "Vim aqui em um até breve. Nós, que somos cristãos, sabemos que estamos nessa vida em uma passagem. O Jorge Picciani, eu tive o privilégio de conhece-lo na minha chegada, em 1994. Ele era um irmão, um amigo, faz parte da minha família e que a gente consiga dar continuidade com essa família muito abençoada. A gente pede a Deus que acolha Jorge Picciani em seus braços", falou ao DIA.
O filho, Rafael Picciani (MDB-RJ), deputado estadual, também prestou sua homenagem ao pai. "A minha vida inteira eu cresci vendo meu pai se dividir entre a minha casa e essa Casa [Alerj]. Passou tanto tempo dedicado à essa Casa, ao estado, a população; ele tinha essa missão. Não tem nada que nos toque mais nesse momento, do que esse reconhecimento, que nosso pai buscou fazer o melhor, então, a gente quer se despedir com essa memória", falou.
Picciani era filiado ao partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e foi ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) por diversos mandatos. A Casa informou que decretará luto de três dias. Ele era aliado do ex-governador do Rio Sérgio Cabral e foi preso por envolvimento em esquemas de corrupção.
Política
Picciani era pecuarista e cumpriu seis mandatos pelo Rio de Janeiro. Ele foi eleito pela primeira vez em 1990, como deputado estadual. O parlamentar presidiu a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro por quatro mandados consecutivos, entre 2003 e 2010. Em 2015, após ficar quatro anos afastado, ele voltou a ocupar o cargo de presidente da Casa.
Em 2010, com o apoio do ex-governador do Rio, Sergio Cabral, Picciani tentou uma vaga no Senado. Ele obteve 3.048.034 de votos, mas não conseguiu ser eleger. Durante 2011 e 2014, ele presidiu o partido PMDB-RJ e focou na vida empresarial.
Nas eleições de 2014, ele voltou à Alerj, com 76.590 votos. A nona maior votação no estado do Rio e a terceira pelo partido PMDB-RJ. Em 2015, reassumiu a presidência da Alerj e ficou até 2017, quando foi afastado.
Jorge Picciani nasceu em 25 de março de 1955 e era formado em contabilidade pela UERJ e em estatística pela Escola Nacional de Estatística. O ex-parlamentar era casado com Hortência Oliveira Picciani e deixa cinco filhos: o deputado federal Leonardo Picciani; o deputado estadual Rafael Picciani; Felipe; Arthur e Vicenzo.
Alvo de operações
Na sua trajetória política, Picciani foi alvo de duas operações policiais contra corrupção na Alerj. Em novembro de 2017, ele foi alvo da Operação Cadeia Velha, um desdobramento da Lava Jato, que cumpria mandados de prisão contra deputados estaduais e empresários do setor de ônibus. Picciani era o presidente da Alerj e foi preso, junto com os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi.
Um ano depois, em 2018, ele também foi alvo da Operação Furna da Onça, deflagrada pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF). Ele, que já cumpria prisão domiciliar, e mais nove pessoas foram alvos da ação, acusados de integrar esquema criminoso comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral Filho (MDB).
Picciani era pecuarista e cumpriu seis mandatos pelo Rio de Janeiro. Ele foi eleito pela primeira vez em 1990, como deputado estadual. O parlamentar presidiu a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro por quatro mandados consecutivos, entre 2003 e 2010. Em 2015, após ficar quatro anos afastado, ele voltou a ocupar o cargo de presidente da Casa.
Em 2010, com o apoio do ex-governador do Rio, Sergio Cabral, Picciani tentou uma vaga no Senado. Ele obteve 3.048.034 de votos, mas não conseguiu ser eleger. Durante 2011 e 2014, ele presidiu o partido PMDB-RJ e focou na vida empresarial.
Nas eleições de 2014, ele voltou à Alerj, com 76.590 votos. A nona maior votação no estado do Rio e a terceira pelo partido PMDB-RJ. Em 2015, reassumiu a presidência da Alerj e ficou até 2017, quando foi afastado.
Jorge Picciani nasceu em 25 de março de 1955 e era formado em contabilidade pela UERJ e em estatística pela Escola Nacional de Estatística. O ex-parlamentar era casado com Hortência Oliveira Picciani e deixa cinco filhos: o deputado federal Leonardo Picciani; o deputado estadual Rafael Picciani; Felipe; Arthur e Vicenzo.
Alvo de operações
Na sua trajetória política, Picciani foi alvo de duas operações policiais contra corrupção na Alerj. Em novembro de 2017, ele foi alvo da Operação Cadeia Velha, um desdobramento da Lava Jato, que cumpria mandados de prisão contra deputados estaduais e empresários do setor de ônibus. Picciani era o presidente da Alerj e foi preso, junto com os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi.
Um ano depois, em 2018, ele também foi alvo da Operação Furna da Onça, deflagrada pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF). Ele, que já cumpria prisão domiciliar, e mais nove pessoas foram alvos da ação, acusados de integrar esquema criminoso comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral Filho (MDB).
As investigações apontavam que os deputados usavam a Alerj a serviço de interesses da organização criminosa do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), que em troca pagava propina mensal ("mensalinho"), que variava de R$ 20 mil a 100 mil reais, durante seu segundo mandato (2011- 2014). Os valores eram pagos em troca de votos em favor de projetos de lei de interesse da organização. De acordo com as investigações, a propina resultava do sobrepreço de contratos estaduais e federais.
Na época, as investigações apontaram que além de Cabral, Piciani e Paulo Melo comandavam a organização.
Filhos
O ex-deputado deixa cinco filhos. Dois deles estão na política. Ex-ministro e deputado federal, Leonardo Picciani comanda hoje o MDB do Rio, enfraquecido após os escândalos de corrupção. Rafael, por sua vez, foi deputado estadual. Já Felipe presidia uma empresa do ramo agropecuário que pertencia à família e também foi preso pela Cadeia Velha. Segundo a investigação, a compra de gado era uma forma de lavagem de dinheiro.
O ex-deputado deixa cinco filhos. Dois deles estão na política. Ex-ministro e deputado federal, Leonardo Picciani comanda hoje o MDB do Rio, enfraquecido após os escândalos de corrupção. Rafael, por sua vez, foi deputado estadual. Já Felipe presidia uma empresa do ramo agropecuário que pertencia à família e também foi preso pela Cadeia Velha. Segundo a investigação, a compra de gado era uma forma de lavagem de dinheiro.
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